Num discurso menos empolgante que o do oposicionista José Thomaz Nonô (PFL-AL), o candidato apoiado pelo Planalto Aldo Rebelo (PCdoB-SP) afirmou que pretende marcar sua presidência na Câmara, se eleito, por uma postura de independência do legislativo. “Estamos acima (das discussões) do governo e da oposição para o país”, disse, ao intitular a sua candidatura a que possui “as idéias mais adequadas, no momento, para o país”.
Aldo começou sua fala congratulando o adversário do PFL, com quem empatou no primeiro turno da votação. Chamou o conterrâneo alagoano de um homem de postura. Contudo, criticou a insinuação de Nonô, para quem o apoio à sua candidatura foi forjado com a ajuda do governo. “Não vou rebater os argumentos forçados (de Nonô)”, declarou. O pefelista acusou Aldo de ter alcançado, no primeiro turno, 182 votos com base em promessas de liberação de emendas parlamentares.
O deputado comunista, ex-ministro da Articulação Política do governo Lula, agradeceu o apoio de todos os partidos. “O poder legislativo se materializa em abrir os espaços políticos para todos”, discursou. Por duas vezes, Aldo, alagoano que tem domicílio eleitoral em São Paulo, nomeou o apoio que diz ter recebido de estados nordestinos. “Não vou olhar para os nossos estados, como um diplomata inglês”, afirmou ele, em seu melhor momento.
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Ao longo dos 15 minutos de sua fala, Aldo reforçou a idéia de que os projetos de lei dos deputados terão preferência na tramitação da Câmara. “Se houver uma proposta de iniciativa do legislativo, não passará a do Executivo”, garantiu, ao ressaltar que não haverá a “necessidade de enfrentamento” entre os dois poderes.
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