O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo precisa convencer um de cada dois deputados indecisos para alcançar os 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, faltam entre 40 e 50 votos para alcançar o quórum exigido para se alterar a Constituição.
“Falta pouco tempo, mas falta pouco voto. O que temos hoje é, entre os indecisos, de convencer um de cada dois. É difícil. Mas não impossível”, disse a jornalistas logo após café da manhã promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). “Vamos para o tudo ou tudo em fevereiro”, acrescentou.
Ao deixar o evento, Marun contou que tentaria “virar” oito votos a favor da reforma nesta terça-feira e que o Palácio do Planalto ainda não definiu cenários alternativos caso a proposta não seja votada até o fim do mês. Durante sua palestra, o ministro reconheceu que o governo terá de fazer uma “política de administração de danos” se a proposta não for aprovada. Mas isso, ressaltou, só será discutido a partir de março. “Não temos hoje outro foco. Ou votamos em fevereiro ou será uma oportunidade perdida”, declarou.
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O ministro também admitiu que vê a reforma com menos chance de aprovação que a privatização da Eletrobrás. “A pauta legislativa não é estabelecida simplesmente pela vontade do governo. O projeto da Eletrobrás é o que tem mais chance de ser aprovado este ano”, disse, ao comparar as possibilidades de aprovação dos dois projetos considerados prioritários pelo governo para 2018.