O tesoureiro contou que foi escolhido por Dilma para “blindar” sua candidatura à reeleição das denúncias da Operação Lava Jato e desafiou a oposição a investigar as doações arrecadadas pela petista. “Podem vasculhar a campanha, nada será encontrado. Quando cheguei para ser o tesoureiro, as investigações (da Lava Jato) já estavam em andamento. Assumi a tarefa da tesouraria para blindar a campanha daquele ambiente que já era ruim, essa era a minha principal tarefa”, declarou ao repórter Ricardo Galhardo.
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De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma recebeu R$ 68,5 milhões de sete empreiteiras da Lava Jato. Essas mesmas empresas, no entanto, doaram R$ 40,2 milhões à campanha presidencial do tucano Aécio Neves (PSDB). Segundo Edinho, se a oposição quiser criminalizar as contribuições privadas, a mesma tese terá de ser aplicada a todas as empresas, a todos os governos que as contratam e a todos os partidos que recebem dinheiro delas. “Se não for assim, será uma investigação contra um só partido. Isso seria rasgar o princípio da isonomia e acabar com o Estado de Direito”, disse.
No final do ano passado, o PSDB tentou evitar a diplomação de Dilma, alegando que sua campanha tinha sido abastecida com recursos desviados da Petrobras. Mas o pedido foi negado pelo TSE, que aprovou as contas da candidata. “A grande vítima hoje é o PT, amanhã será o PSDB, depois qualquer outro partido. A criminalização da política cria o pressuposto para o autoritarismo”, acrescentou o ex-tesoureiro de Dilma.
Leia a entrevista de Edinho Silva ao Estadão
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