A senadora Regina Sousa (PT-PI) decidiu processar o apresentador de TV Danilo Gentili, do The Noite, do SBT. O humorista causou polêmica na semana passada ao chamar a senadora de “tia do cafezinho” por causa da aparência dela. O anúncio foi feito pela petista no plenário do Senado. “Senadora? Pensei que era a tia do cafezinho”, escreveu o apresentador, conhecido pelas polêmicas em que se envolve.
“Não vou deixar barato para o Danilo Gentili. Não é questão de indenização, mas eu vou representá-lo em nome das tias do cafezinho. O que vier dessa ação que vou fazer será dedicado às mulheres que servem cafezinho”, disse a petista. Ainda ontem, Regina foi homenageada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, que fez um ato de desagravo à senadora, a única negra na Casa.
“Gentili é um bobo que pensa que é humorista. Ele já é famoso pelas besteiras que diz. Alguns acham que é humor. Acho que é besteira. É um bobo que acha que é humorista”, disse a senadora no último fim de semana em entrevista à TV Antena 10, do Piauí. “Foi altamente preconceituoso. Ele é preconceituoso, ele é machista, ele é homofóbico”, reforçou a petista.
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Veja a entrevista em que a senadora chama o apresentador de “bobo”. Até então, ela não havia decidido processá-lo:
Ainda na noite do sessão do impeachment, Gentili voltou ao Twitter após ser chamado de preconceituoso. “Zuei a senadora porque ela sequer conseguia se expressar direito – parecia perdida ali. Eu não causei polêmica nenhuma.”
No Senado, ontem, Regina disse que não se sentia atingida negativamente por ser comparada à “tia do cafezinho” e lembrou sua origem social. Filha de uma zeladora de escola, ela foi quebradeira de coco babaçu quando era criança. “Eu teria muita honra de servir café, porque fui menina quebradeira de coco babaçu, lá no meu estado. Comecei minha vida assim e passei por tudo. Minha mãe é zeladora de escola. Não tenho por que me envergonhar das minhas origens. Se for preciso, eu servirei cafezinho”, afirmou.
PublicidadeSuplente do senador Wellington Dias (PT-PI), Regina foi efetivada no Senado no começo do ano passado após a renúncia do titular para assumir o governo do Piauí. Quando trabalhava na Band, o humorista foi condenado a pagar R$ 200 mil a uma doadora de leite, comparada por ele a uma artista pornô e a uma “vaca”.