Jovair apresentou seu parecer favorável ao impeachment na quinta-feira (7). Em um documento com mais de 130 páginas ele atestou que o processo de impeachment é legal e defendeu a saída de Dilma do poder. Segundo o deputado, a presidente manteve a prática das pedaladas fiscais em 2015, mesmo após ter sido duramente criticada pela conduta em 2014. Para ele, isso mostra que a presidente se sente “acima da lei”.
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À Folha, o deputado afirmou ainda que “se ela [Dilma] quer fazer qualquer tipo de ação que possa ser diferente do que foi aprovado, tem que pedir. E o Congresso tem que aprovar. É simples assim. O contrário é coisa de governo totalitário, absolutamente centralizado, que não quer saber dos outros. A presidente Dilma não gosta do Congresso, não tem afeto pelo Congresso”.
Visivelmente insatisfeito com a postura política da presidente, Jovair afirmou que no “início dessa crise política foi o pouco caso que ela faz do Congresso. Para ela, o Congresso era só para votar o Orçamento para fazer do jeito que ela quisesse e depois aprovar as contas, quando viessem, do jeito que viessem. E ficou provado que não está certo”.
“Você vê outros países e outros presidentes que passaram pelo Brasil. Eles têm relação próxima, conversam amigavelmente, pegam sugestão de deputados. O governo tem que ouvir o Congresso, consultar o Congresso”, finalizou.
A próxima reunião da comissão está marcada para a próxima segunda-feira (11), às 10h, quando o relator Jovair Arantes fará a réplica. Na ocasião, os 27 líderes partidários poderão fazer comentários acerca do parecer e orientar suas bancadas. Também será aberto espaço para as considerações finais da defesa da presidenta. A votação do relatório na comissão está marcada para ter início às 17h da segunda-feira.
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