Virgem e prostituta. Eternamente alterada e violada por sucessivas hordas de migrantes e de especuladores. Cosmopolita. Enredada em ruas caóticas e incompreensíveis ao olhar de quem vem de fora, distingue-se das suas “rivais marítimas, Rio e Salvador, expostas à orla, à fuga por mar” por ter seu centro nervoso – e também o endereço de seus maiores enigmas – nas ruas centrais próximas à Praça da Sé e bem distantes do litoral.
Assim é São Paulo, na visão de Márcia Denser, conforme texto que a escritora, que é colunista do Congresso em Foco, aqui publicou dois anos atrás. Dele emerge uma visão poética refinada, com igual espaço para a admiração e a crítica, para dores e amores, orgulho e indignação. “Aceitá-la, a despeito de tudo, é uma benção e uma maldição”, resume a autora sobre Sampa.
Neste 460º aniversário da mais rica, populosa e insana cidade brasileira, deixamos o convite para que você viaje pelos mistérios paulistanos na companhia de quem os conhece como poucos.
Clique aqui para acessar a crônica de Márcia Denser sobre São Paulo
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