O Datasus, departamento de informática do Ministério da Saúde, já foi invadido duas vezes ao longo de 2020 e 2021 por um hacker que tentava alertar a pasta sobre as vulnerabilidades em seu sistema de segurança. Nas duas ocasiões, o invasor deixou mensagens apontando quais eram as falhas encontradas, e deixou sugestões sobre como o Ministério poderia proceder para que pudessem ser solucionadas.
O primeiro ataque ocorreu no final de 2020. Ao acessar a base de dados do ministério, o usuário era recebido com uma mensagem com os dizeres “Qualquer criança consegue invadir este excremento digital, causar lentidão e até estragos maiores”. O segundo ocorreu pouco depois, em fevereiro de 2021, quando o hacker realizou um ataque semelhante, deixando a mensagem “O site continua uma bosta e nada foi feito. A única ação foi colocar um aviso que o responsável pelos dados confidenciais expostos são de quem leu o formulário e não leu os termos”.
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As duas invasões do hacker não foram os únicos ataques anteriores ao sequestro de dados ocorrido nesta sexta-feira (10). No último mês de julho, o Datasus foi novamente invadido, desta vez por piratas que alteraram os dados da ex-deputada Manuela D’ávila, que passou a constar como morta no sistema.
No ataque mais desta sexta-feira, as bases de dados não foram o único alvo dos invasores. Também foram atacados os sistemas de emissão de Certificado Nacional de Vacinação covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, bem como os sistemas e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), e o ConecteSUS. Os serviços da pasta, até a publicação desta matéria, encontram-se fora do ar. De acordo com o ministro da saúde Marcelo Queiroga, há um backup das informações sequestradas, o que em tese permite a recuperação dos dados.
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