Mais um imunizante contra covid-19 pode entrar no plano de vacinação infantil no Brasil. O Ministério da Saúde avalia usar a CoronaVac para vacinar crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove a aplicação das doses. O Instituto Butantan entrou com novo pedido para a aprovação do uso da CoronaVac no público infantil em 15 de dezembro. O prazo de avaliação da Anvisa ainda não terminou. As informações são da Folha de SP.
A previsão do Ministério da Saúde é receber até março 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid-19, suficientes para imunizar cerca de metade da população de 5 a 11 anos. Em nota, o ministério afirmou que “adquire e distribui apenas os imunizantes aprovados pela Anvisa, inclusive em casos de ampliação de faixas etárias”.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, “desde o início da campanha de vacinação, todas as decisões foram tomadas de forma conjunta” entre a pasta e representantes de estados e municípios.
“A pasta reforça que todas as orientações técnicas são comunicadas imediatamente aos estados e municípios desde o início da campanha e reforça a orientação para que todos sigam as medidas pactuadas”.
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Eficácia de 71% contra a Ômicron
De acordo com o Butantan, resultados preliminares de um estudo chileno ainda não publicado indicam que três doses da CoronaVac, a vacina contra a covid-19, conseguem ativar a resposta imune celular contra a variante ômicron. O anúncio foi feito no final de dezembro à imprensa chilena. O estudo envolveu pesquisadores da Universidade do Chile, do Instituto La Jolla, da Califórnia, e da Sinovac.
O pesquisador Alexis Kalergis, diretor do Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia e professor na Pontifícia Universidade Católica do Chile, afirmou que os linfócitos T no sangue dos vacinados com a dose de reforço da CoronaVac mostraram uma resposta imune de 71% frente à proteína S da variante Ômicron. Ou seja, indivíduos vacinados com CoronaVac possuem linfócitos T (que fazem parte do sistema imune e ajudam a proteger o corpo contra infecções) que são ativados contra a proteína S (principal arma do vírus SARS-CoV-2 para infectar células humanas) da variante Ômicron de forma semelhante ao que acontece com a cepa original do SARS-CoV-2.
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