O governo federal lançou nesta segunda-feira (9) a plataforma online do Desenrola Brasil, programa de refinanciamento de dívidas bancárias e não bancárias àqueles que recebem até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico. Os devedores devem ter um cadastro no portal gov.br, de nível prata ou ouro, para acessar a plataforma. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 42% das pessoas cadastradas possuem tais requisitos, portanto estariam aptas para usar a plataforma hoje mesmo e realizar o financiamento ou pagamento das dívidas.
Outros 44% dos usuários do portal têm conta bronze, o que exige atualizações para atingir os níveis superiores, enquanto 13% das pessoas não possuem nenhuma certificação sequer. O principal desafio, conforme o ministro, é dar acesso a essa parcela. “Justamente pelo fato de que são pessoas que podem ser as mais vulneráveis, as que mais precisam. Todo esforço será muito válido para atingir 100% das pessoas”, afirmou Haddad.
Leia também
Para renegociar a dívida, os devedores devem escolher uma instituição financeira inscrita no programa e selecionar o número de parcelas para pagamento. As empresas que apresentaram propostas oferecem desconto médio do abatimento em 83% do valor original da dívida. Após esses passos, o consumidor possui 20 dias para dar entrada no processo de refinanciamento, caso não o faça durante esse período, a oportunidade passa para outra pessoa. As dívidas podem ser pagas à vista, ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês.
“Nosso objetivo é fazer com que essas pessoas saibam como proceder para limpar seu nome e poder voltar normalmente ao mercado de consumo, ao mercado de crédito. Então, todas as plataformas vão tentar entrar em contato com essas pessoas. Vamos fazer um esforço para que todo mundo possa se valer do programa, e não é por causa de um cadastro que a pessoa será impedida disso”, disse o ministro da Fazenda.
Esta é a terceira etapa do Desenrola Brasil. De acordo com a Febraban, a primeira fase refinanciou quase 16 bilhões de reais e contemplou dois públicos: desnegativação de credores com dívidas de até 100 reais e refinanciamento de dívidas bancárias de clientes cuja renda mensal não ultrapasse R$ 20 mil. Na segunda etapa, por sua vez, o governo realizou um leilão junto às empresas e alcançou R$ 126 bilhões em descontos.
* Com informações da Agência Brasil
Publicidade