O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (7) que a Polícia Federal (PF) colha presencialmente e em até 30 dias o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura denúncias de interferência política na PF. O caso foi revelado pelo então ministro da Justiça Sérgio Moro.
A decisão do ministro vem depois que a Advocacia-Geral da União (AGU) voltou atrás e se posicionou a favor do depoimento presencial, abandonando a defesa anterior de que este deveria ser feito por escrito. Segundo o órgão, Bolsonaro tem essa prerrogativa em função do cargo que ocupa.
Já para o ex-ministro Celso de Mello, antigo relator do caso que se aposentou em outubro 2020, o depoimento escrito só seria possível se Bolsonaro constasse como testemunha no caso, não como investigado.
Depois do parecer da AGU, Moraes suspendeu julgamento no Supremo na quarta-feira (6) que julgaria se o recurso da Advocacia a favor do depoimento escrito.
O inquérito, aberto em abril, analisa denúncias feitas pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de que o presidente Jair Bolsonaro buscou intervir pessoalmente na Polícia Federal, com o intuito de proteger familiares e amigos de investigações.
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O relator do caso, ministro Celso de Mello, determinou no dia 11 que Bolsonaro prestasse o depoimento presencialmente aos policiais federais – mas sua decisão terá de ser submetida ao Plenário da corte.
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