O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, ficou em 1,01% em fevereiro, registrando crescimento em relação a janeiro deste ano, quando chegou a 0,54%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).
A taxa de fevereiro é a maior alta para o mês desde 2015, quando alcançou 1,22%. No apanhado do ano, o resultado só fica atrás de outubro de 2021, mês em que chegou a 1,25%. No acumulado de 2022, a inflação já registra alta de 1,56%, e nos últimos 12 meses de 10,54%.
Na análise de variação por categorias, os destaques vão para os setores de educação, com alta de 5,61%, artigos de residência (1,76), alimentos e bebidas (1,28%), transportes (0,46) e habitação (0,54%).
O IBGE explica que o aumento no setor de educação foi puxado pelo início do ano letivo nas unidades de ensino, momento em que habitualmente ocorrem os reajustes nos preços. As principais altas se deram nos cursos regulares (6,67%), que correspondem ao ensino fundamental, pré-escola e ensino médio.
No resultado de alimentação e bebidas, destacam-se a cenoura (55,41%), a batata inglesa (23,49%) e as frutas (3,55%). Mas também houve queda em ítens como o frango inteiro (-2,29) e do frango em pedaços (-1,35%).
Já no setor de transportes, a maior contribuição se deu pelo preço de automóveis novos (1,68%), categoria que acumula alta há 18 meses consecutivos. Em relação ao combustível, a variação registrada foi baixa, com registro de queda pelo terceiro mês seguido. Recuaram o etanol (-5,04%) e a gasolina (0,47%), e aumentaram o óleo diesel (1,65%) e o gás veicular (2,77%).