Curt Nees*
Os recentes, os diários escândalos denunciados pela imprensa (em especial pelo Congresso em Foco), talvez com mais ênfase neste período que antecede, pasmem, as eleições lá em 2010, e que envolvem parlamentares do Congresso (tanto da Câmara, quanto do Senado), nos revelam, nos mostram, hoje, o que vem acontecendo ao longos dos anos, desde a chegada de Pedro Álvares Cabral. E, com certeza quase que absoluta, muitas das assembléias estaduais e das câmaras de vereadores espalhadas pelo nosso Brasil varonil tem situações idênticas, como não?
É preciso dar um basta nisso. Mas não basta só isso. É preciso que todas as denúncias sejam rigorosamente apuradas, e os culpados, além das punições políticas (Comissão de Ética, por exemplo), devolvam os valores desviados, devidamente corrigidos.
Despesas com auxílio moradia, quando os parlamentares dispõem de apartamentos funcionais em Brasília; com celulares, em mãos estranhas (para nós!), numa verdadeira viagem; combustível; passagens aéreas para os próximos – e outros nem tanto!; postagens de correio (em tempos de computador?); entre outras tantas barbaridades que não sabemos (ainda!), claro!
Já tinha sugerido, em outra oportunidade, e volto a fazê-lo: nossos ilustres representantes, num ato de cidadania, de respeito à democracia e, em especial, de consideração ao povo brasileiro, principalmente a quem os elegeu, deveriam pedir licença dos seus cargos durante seis meses. E, claro, não sem receber suas remunerações normais. Longe de mim querer mexer em seus parcos bolsos. Sugiro que voltem às suas bases, agora em maio, e fiquem por lá já em campanha para 2010 e, se sobrar um tempo, voltem com idéias, com propostas, com projetos…, não com mais problemas!
Neste período poderia ser contratada uma empresa de auditoria, idônea, externa, competente, para levantar a situação de cada um dos 81 senadores e dos 513 deputados, gabinete por gabinete. Número de diretores, secretários, sub-secretários, chefes, entre tantas denominações que eles inventaram, sem esquecerem, claro!, as despesas com clips, canetas, borrachas, papel… e celulares, passagens…
Quase esqueço: A auditoria, ao apresentar o resultado do trabalho, poderia também sugerir a proibição do uso de celulares durantes as sessões, assim como recomendar aos parlamentares que, ao se encontrar um deles discursando no Plenário, os demais permanecessem em seus lugares, ouvindo ou, pelo menos, fazendo de conta . Assisto a TV Senado e a TV Câmara, e não assisto nada disto. Só vejo rodinhas com suas excelências ao celular, só vejo conversas ao pé do ouvido… E não vejo mais nada!
Ainda acreditando em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Saci-Pererê, ETc, tenho esperança que isso vai acontecer. ACONTECEU???
*Publicitário em Jaraguá do Sul/SC.
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