Nem só de mensalão, dinheiro na cueca ou na meia e outros maus exemplos
políticos vive Brasília. Uma proposta interessante de economia verde e
desenvolvimento sustentável foi divulgada nesta semana na capital federal.
Trata-se do Mapa do DF que queremos, uma plataforma na internet que
indica em quais pontos do Distrito Federal e entorno estão bons exemplos de
práticas sustentáveis (veja
aqui).
A iniciativa inédita funciona como uma rede de
sustentabilidade. O mapa se apresenta como um espaço interativo na internet para
divulgar “coisas boas” ligadas ao desenvolvimento socioambiental e iniciativas
de sucesso nas áreas de agroecologia, proteção ambiental, cultura, mobilidade
urbana, educação e empreendedorismo.
A plataforma começou a ser
construída em junho deste ano, quando um grupo de cidadãos de Brasília passou a
mapear feiras de orgânicos, escolas com projetos de inclusão social, chácaras de
agroecologia, pontos de cultura, parques e outras boas iniciativas. Até o
lançamento da proposta, o grupo havia mapeado cerca de 70 práticas ligadas ao
desenvolvimento socioambiental.
Como uma proposta colaborativa, o Mapa do DF que queremos se
utiliza da ferramenta de internet Wikimapps, uma espécie de Wikipédia dos mapas.
A partir do ponta-pé inicial dado pelo grupo, internautas podem agora incluir no
mapa bons projetos no Distrito Federal que foram tirados do
papel.
“A intenção é que o mapa sirva para reconectar essas redes de boas
iniciativas, para que a gente possa gerar, inclusive, um movimento com
repercussão política, que influencie os governantes. Queremos buscar o
desenvolvimento por outras vias e mostrar pessoas realizando o que elas têm de
melhor, mostrando o seu potencial, seja na cultura, seja no empreendedorismo,
seja na educação, seja na recuperação de áreas degradadas”, afirmou o advogado
socioambientalista André Lima, um dos idealizadores da proposta.
No mapa,
já estão localizadas propostas como o Ponto de Cultura 100 Dimensão, cooperativa
de reciclagem de resíduos sólidos; a Banda Batalá, grupo de percussão com
projeto de inclusão social; a Chácara Geranium Agroecologia, sítio pedagógico
rural que promove a educação ambiental; o Centro de Permacultura Asa Branca,
espaço com atividades produtivas sustentáveis; as ciclovias do Paranoá e, até
mesmo, velhos conhecidos dos brasilienses como o Clube do Choro e a Escola de
Música de Brasília.
O mapa, certamente, funcionará como um exemplo de
economia verde para outras cidades brasileiras. A iniciativa servirá também como
base para políticas públicas, para investimentos da iniciativa privada em
propostas da sociedade e para a captação de capital humano, servindo como fonte
de informação para interessados em participar de práticas
socioambientais.
A construção do mapa é permanente e depende da
participação da sociedade tanto para incluir novas iniciativas, como para
usufruir das informações ali presentes. Não vale incluir na plataforma projetos
que ainda não foram colocados em prática, ou iniciativas que fogem do eixo do
desenvolvimento socioambiental.
A inclusão de iniciativas pode ser feita
por meio da Wikimapps ou pelo e-mail dfquequeremos@gmail.com. O grupo
idealizador do mapa validará as sugestões. O Mapa do DF que queremos é
uma ferramenta interessante para buscar um novo caminho para o desenvolvimento.
Um desenvolvimento não só baseado no crescimento econômico, mas balizado também
em ideias de sustentabilidade.
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