Eu ia continuar com “A morte da alma nacional” (algo que adiarei para a próxima, perdoem leitores) mas que terei que abrir a USIS e detonar minha ira contra o PIG (Partido da Imprensa Golpista), que anda precisando dum corretivo pontual. Lá vai:
O Sr. José Roberto Guzzo (nome de chefão da máfia!) cumpre bem seu papel de “escriba” do anacrônico e amoral turbocapitalismo superconsumista. Um exemplo notável é o artigo escrito por ele na Veja, intitulado Pró-Vida. Com seu estilo de falsa polêmica, o jornalista lança uma cortina de fumaça sobre a responsabilidade dos agentes que sustentam a sociedade de consumo e coloca as elites como vítimas de uma terrível conspiração fomentada pelos que têm menos. É cômodo escrever tais absurdos do alto de sua posição de joker beletróide do baronato Civita. O salário do cavalheiro está garantido todo mês, assim como suas mordomias, que com certeza não deseja perder porque não é estúpido, afinal, não custa nada suicidar a alma e ainda achar ótimo.
O escriboso refere-se com suposta sapiência a assuntos complexos do Brasil contemporâneo, como a integração dos índios macuxis na reserva Raposa Serra do Sol e o desmatamento da Amazônia e de outros biomas, isso sem nunca talvez ter botado o pé por lá (imagine!). “O brasileiro é culpado por destruir o bioma da Amazônia sem saber ao menos o que é um bioma”, cita em certo trecho do artigo. Sim, e aí está certo! Perfeito! O brasileiro não sabe de nada mesmo e cada vez vai saber menos se depender de você, pois a grande mídia, à qual pertence o escribalha Guzzo, o engana descaradamente.
A revista Veja, a qual representa, defende e se direciona aos grupos financeiros que produzem bens de consumo, e aos leitores das classes AA, AB e B. A eles tudo, ao restante dos mortais basta engrupi-los (se bem que as classes AA, AB e B também são engrupidas só que em outro sentido). Vamos deixar em paz os banqueiros – anunciantes da Veja –, enquanto eles lucram bilhões de reais à custa de manobras financeiras suspeitas e da cobrança de tarifas escorchantes dos clientes – a maioria deles sem condição, nem tempo para se defender.
Vamos deixar em paz as grandes incorporadoras – anunciantes da Veja – que estão arruinando o que resta do espaço urbano decente das cidades e arrancando sem dó o que sobrou de mata nativa nas periferias metropolitanas. Vamos deixar em paz os grandes latifundiários – anunciantes da Veja – que corrompem o meio ambiente, sem qualquer escrúpulo para produzir mais soja, gado e outros insumos. Vamos deixar em paz a indústria petrolífera e mineradora – anunciantes da Veja – e seus capatazes tão afeitos a desastres ecológicos impunes.
Vamos deixar em paz todos esses talentosos agentes do capitalismo, pois eles têm o mérito sem igual de destruir os recursos naturais do planeta e concentrar todos os resultados obtidos nas mãos de uma minoria, sem se importar com o que será do resto! Vamos deixá-los
Quem mandou não ter dinheiro para anunciar na Veja AA? Que culpa tem um esperto cidadão de fugir de todas as responsabilidades sociais e ambientais em busca somente do lucro a qualquer custo? Que culpa tem os CEOS das grandes empresas ao ganharem milhões de dólares para gerenciar um sistema tecnocrático e mercantilista desumano, que vive enxugando gente e estimulando cada vez mais a competição desmedida e o consumo insustentável?
Quer saber, Sr. Guzzo, o senhor já foi suicidado, de forma que “Resquiecat in Pace”.
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