Heitor Peixoto*
Não, não se trata de nenhuma nova novela ou minissérie global. Tampouco se refere à transmissão pela TV Senado de discurso de senador mineiro marcando posição (e oposição) ao governo de uma presidente também mineira.
Trata-se, na verdade, do programa TV Escola, que a TV Assembleia de Minas leva ao ar a partir da próxima segunda-feira, 11 de abril (com transmissão simultânea pela internet aqui). E o tema da primeira série vai ser a História Política de Minas Gerais uma introdução crítica.
Veja aqui uma breve amostra do programa
Ao longo de 25 teleaulas, o telespectador percorrerá essa trajetória desde o Brasil Colônia até a reabertura democrática pós-ditadura, seguindo pela árdua tentativa de evolução e fortalecimento do atual sistema político, em que pesem todos os seus vícios.
A propósito, por falar em vícios, que o aluno não pense tratar-se o programa de um grande apanhado chapa-branca, por ser produzido no coração do Parlamento mineiro, numa parceria entre a emissora e a Escola do Legislativo. Definitivamente, o apêndice uma introdução crítica ao título do curso não está aí por acaso. O historiador Luiz Fernandes de Assis, que conduzirá as aulas, não se furta em provocar o debate mesmo sobre as mazelas do Legislativo, e sobre a própria existência e atuação desse Poder, tão questionado nos dias de hoje.
E mais: avança criticamente e sem melindres por verdadeiras instituições da cultura mineira. Ousa questionar, por exemplo, o mito da mineiridade, essa entidade tão oportunamente propalada na última campanha eleitoral pela presidente Dilma Rousseff. A bem da verdade, que postulante à Presidência em sã consciência não quer estar (ou se mostrar) alinhado com o segundo colégio eleitoral do país?
Entre os objetivos desse primeiro TV Escola está o de oferecer uma melhor compreensão dos fenômenos históricos e dos principais acontecimentos políticos da história de Minas, do século XVIII até os nossos dias, buscando a construção da cidadania e a formação política. Isso num formato televisivo, capaz de tornar acessíveis mesmo conteúdos de maior densidade.
E por falar em densidade, alguns números do projeto impressionam: 200 horas de gravações em estúdio, 200 horas de trabalho de rua, 100 horas de imagens, 400 horas de edição e pós-produção. Sem falar em vasta pesquisa de recuperação de vídeos e documentários, em centros de documentação, e, é claro, na própria internet.
Em suma: uma empreitada de fôlego e um resultado de surpreendentes conteúdo e qualidade.
Como dito, acompanhar o curso não será privilégio só dos mineiros. Há muito, a TV Assembleia do estado já transmite sua programação pela internet em tempo real, 24 horas por dia. É só acessar. E a rede também será a porta para que os alunos possam ampliar o conhecimento. Na comunidade virtual do telecurso, além dos próprios vídeos das teleaulas, haverá ainda textos de apoio, links e fóruns para debate sobre o conteúdo. É só acessar aqui.
O TV Escola estreia nesta segunda, dia 11, em três exibições diárias: 6 da manhã, 13h30 e 23hs, com revisão aos sábados, às 8h30, e aos domingos, às 22hs.
*É repórter da TV Assembleia MG. www.twitter.com/heitor_peixoto
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