Edson Sardinha
O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) divulgou nota em que atribui a um erro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a informação de que declarou à Justiça eleitoral não possuir bens. Sirkis afirma que declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) possuir patrimônio avaliado em R$ 166,9 mil referentes a contas correntes, ações e aplicações e um veículo.
Reportagem publicada pelo Congresso em Foco mostrou que Sirkis e outros 17 parlamentares aparecem na página do TSE tendo declarado não possuir bens, como mostra a imagem ao lado. A assessoria do deputado informou que o deputado pedirá ao TSE que corrija a informação, que serviu de base para o levantamento feito pelo site.
Veja a informação do TSE em tamanho maior
Leia a íntegra da nota do deputado
“Saiu no Globo Online, originário do Congresso em Foco, uma matéria onde estou listado entre 17 deputados que supostamente declararam não possuir nenhum patrimônio. E isso dá ensejo a um tom de suspeição naquele estilo folclorizante onde apareço numa lista junto com o Tiririca (que dá a foto da matéria). A matéria ao que parece tem como fonte um erro no site do TSE. Tanto ao TRE-RJ, na inscrição de minha candidatura, quanto ao Congresso, para a posse, entreguei aquela relação de bens que consta de minha declaração de imposto de renda, de 2010, relativo ao ano base 2009.
Nela está listado um patrimônio de RS 166.976,17 (cento e sessenta e seis mil reais e dezessete centavos) em contas correntes, ações e aplicações e um carro Sedan Polo. Não tenho mais, desde meu processo de divórcio, em 2005, bem imóvel, tendo vendido o apartamento, três quartos, sala, que possuía nos anos 80, quando iniciei minha atuação política institucional.
Aproveito para alertar que encontra-se em processo final, devendo concluir-se este ano –assim espero! – o longo processo de inventário de meu pai, Herman Syrkis, falecido em 2002, em virtude do qual herdarei 50% do apartamento onde reside minha mãe, no bairro de Laranjeiras e 50% do nosso sítio de família, no município de Paulo de Frontin, Rio de Janeiro, que pertence à nossa família desde os anos 40. Já alerto que provavelmente esses bens constarão da declaração de 2012. Espero, no futuro, não ser levianamente incluído numa dessas listagens sensacionalistas de parlamentares que tiveram “um grande aumento patrimonial” cujo esclarecimento, posterior, jamais dissipa a suspeição inicialmente lançada.
Depois de vinte dois anos de atuação político institucional, com quatro mandatos de vereador e tendo sido duas vezes secretário municipal, agora me vejo na irônica circunstância de ter que prestar explicações sobre um patrimônio… pequeno demais! Não sou daqueles que fazem da honestidade atração política. Penso que é simplesmente uma obrigação. Por isso nunca alardeei o fato de não ter enriquecido no período dos meus mandatos e missões públicas. Mas também nunca imaginei que um dia ia ter que responder por isso…”
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