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Os ministros citados na representação são:
Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), senador (PP-MT);
José Serra (Relações Exteriores), senador (PSDB-SP);
Bruno Araújo (Cidades), deputado (PSDB-PE);
Maurício Quintella (Transportes, Portos e Aviação Civil), deputado (PR-AL);
PublicidadeMendonça Filho (Educação), deputado (DEM-PE);
Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário), deputado (PMDB-RS);
Ricardo Barros (Saúde), deputado (PP-PR);
José Sarney Filho (Meio Ambiente), deputado (PV-MA);
Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), deputado (PSB-PE), e
Ronaldo Nogueira (Trabalho), deputado (PTB-RS).
O líder do PT entrou com outra ação contra Serra contestando medidas tomadas pelo senador tucano desde que assumiu o Itamaraty, como a recomendação de que os diplomatas rebatam a tese de que Dilma foi vítima de um golpe de Estado. O ex-ministro interino do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) também é citado no documento.
Na representação, Florence lembra que dos 24 ministros nomeados pelo presidente interino Michel Temer, 11 – para os quais pede o processo por parte da Comissão de Ética – oito eram deputados e três senadores. Jucá voltou ao Senado após ser flagrado em conversas gravadas defendendo a troca de governo e um pacto para “estancar a sangria” da Operação Lava Jato.
Negociação
De acordo com Florence, deputados e senadores que assumiram o ministério já negociavam cargos durante o processo de impeachment de Dilma, prática vedada, aponta o deputado, pela Lei 8.112/90, que rege o funcionalismo público.
“A votação no processo de impeachment, que deveria ser jurídica e feita com base no interesse público, foi motivada por interesses pessoais e políticos, como denota o fato de os requeridos terem sido empossados como ministros de Estado imediatamente após a votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff”, alega o líder do PT.
Florence incluiu na representação várias matérias da imprensa que informavam que Temer negociava abertamente cargos e ministérios com vários políticos em troca de votos favoráveis ao afastamento da presidenta.
Código de Conduta
O líder petista argumenta que o princípio da moralidade administrativa está consolidado no artigo 37 da Constituição Federal como mandamento indispensável aos atos de todos os poderes da União, estados, Distrito Federal e municípios. O Código de Conduta da Alta Administração Federal, aplicado aos ministros de Estado, visa, entre outras coisas, a ‘’estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados”, afirma Florence.
O deputado ressalta que esse mesmo código estabelece que agentes públicos devem ‘’pautar -se pelos princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, moralidade e probidade”. A não observação desses princípios implica ao agente público, sem prejuízo de outras sanções legais, a censura ética ou exoneração do cargo em comissão ou dispensa da função de confiança, alega.
Florence cita que o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, de 1994, veda ao servidor usar o “cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento para si ou outrem”. Cita também a lei 12.813/13, que dispõe sobre conflitos de interesses no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo Federal. O deputado pede a sanção dos ocupantes dos cargos de ministro, à exceção de Romero Jucá, já exonerado do ministério, a quem pede advertência da Comissão de Ética.
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