O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), afirmou em nota nesta quarta-feira (29) que o partido não exigiu concessões do governo para aprovar a reforma da Previdência. A nota afirma que a responsabilidade de mobilizar a base não é do partido, cuja bancada é insuficiente “para suprir o deficit de apoio no plenário”.
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Tripoli afirma que as denúncias contra Temer e a incapacidade do Planalto ao reorganizar a base foram os fatores que paralisaram a reforma. Ele ainda afirmou que o PSDB não decide a votação e não tem função de ajudar o governo a conseguir o apoio necessário. “Não é papel da bancada do PSDB mobilizar os aliados do governo. São necessários 308 votos para aprovação da PEC. Hoje, os 46 votos do PSDB seriam insuficientes para suprir o deficit de apoio no plenário”, afirma a nota.
O tucano também afirma que as sugestões do PSDB para mudanças no texto foram apresentadas em abril, antes da PEC encalhar na Câmara, e não são uma moeda de troca para entregar votos. Ele diz que “não há fato novo nas sugestões” que o PSDB fez, que foram entregues ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).
Tripoli aproveitou para reforçar o apoio à agenda reformista em uma crítica velada aos aliados do governo que usam a reforma como moeda de troca. “O PSDB não se guia pela impopularidade dos temas ou pela proximidade do calendário eleitoral. A votação de medidas importantes como a PEC do Teto de Gastos, a Lei das Estatais, a Terceirização, a Reforma Trabalhista, o marco regulatório do Petróleo, entre tantas outras, aprovadas com sólido apoio do PSDB, confirmam nosso compromisso com a agenda de reformas e nossa opção pela responsabilidade”, diz a nota (leia a íntegra abaixo).
Leia a íntegra da nota do PSDB:
“Nota da Liderança do PSDB
Sobre a PEC da Reforma da Previdência em discussão no Congresso Nacional, o Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli, esclarece:
1) É falsa a informação de que o partido exige concessões do governo para votar a PEC da Previdência. Não há fato novo nas sugestões apresentadas para melhorar o texto. Os pontos destacados pela imprensa foram entregues pela bancada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao relator da PEC, deputado Arthur Maia (PPS-BA), ainda no mês de abril, antes que o episódio JBS paralisasse a agenda legislativa e prejudicasse o andamento da reforma.
2) É notório que as dificuldades do governo para consolidar apoio à PEC foram agravadas pelas denúncias da Procuradoria Geral da República, com a progressiva falta de coesão na base. Não é papel da bancada do PSDB mobilizar os aliados do governo. São necessários 308 votos para aprovação da PEC. Hoje, os 46 votos do PSDB seriam insuficientes para suprir o deficit de apoio no plenário.
3) O PSDB não se guia pela impopularidade dos temas ou pela proximidade do calendário eleitoral. A votação de medidas importantes como a PEC do Teto de Gastos, a Lei das Estatais, a Terceirização, a Reforma Trabalhista, o marco regulatório do Petróleo, entre tantas outras, aprovadas com sólido apoio do PSDB, confirmam nosso compromisso com a agenda de reformas e nossa opção pela responsabilidade.”
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