Nove mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta sexta-feira (29), pela Polícia Federal, em uma operação batizada de Acrônimo, tendo como investigados doadores privados de campanhas eleitorais em 2014. As diligências ocorrem no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e envolvem 400 policiais.
Ao todo, 30 endereços de pessoas físicas e de 60 empresas estão na mira da investigação. A operação se debruça sobre uma organização criminosa suspeita de praticar crimes como lavagem de dinheiro e tem como principal alvo o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, proprietário de uma gráfica em Brasília.
Ele é dono de um avião com o prefixo PEG – o acrônimo a que se refere o nome da operação. A aeronave foi apreendida no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, durante o pleito de 2014, transportando R$ 116 mil em espécie. Na ocasião, foram detidos Benedito e o ex-assessor do Ministério das Cidades Marcier Trombiere, ambos colaboradores de campanhas do PT, entre elas a do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.
Benedito já havia sido interrogado, nas eleições de 2010, sobre a acusação de que pagou aluguel da casa usada na campanha presidencial da então candidata Dilma Rousseff. Ele também teve de explicar seu suposto envolvimento com um grupo de inteligência que teria ajudado produzir dossiê contra o então ex-governador e atualmente senador tucano José Serra (SP), candidato à Presidência da República naquele pleito.
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