De acordo com a ação, a suspeita é de que Lula tenha recebido vantagens econômicas indevidas para influenciar “agentes públicos estrangeiros notadamente na República Dominicana, Cuba e Angola”. O ex-presidente também teria facilitado ou agilizado a liberação de financiamentos de interesse das empresas do grupo Odebrecht junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Os alvos da operação foram Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira esposa de Lula, e seu sócio, José Manoel Camano, conduzidos coercitivamente para prestar depoimento – o próprio Lula não foi notificado pela operação. O objetivo é apurar se a empresa de Santos foi utilizada para o pagamento de vantagens indevidas por meio de contratos firmados com a Odebrecht entre 2012 e 2015. A Exergia Brasil foi contratada pela empreiteira para conduzir a reforma da hidrelétrica Cambambe, em Angola. A empresa recebeu R$ 3,5 milhões pelo serviço enquanto a obra recebeu financiamento de US$ 464 milhões do BNDES.
Santos depôs, em outubro do ano passado, na CPI do BNDES. Na ocasião, ele negou que sua relação com Lula tenha facilitado negociações para prestação de serviços com a Odebrecht.
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