O empresário Eike Batista disse, em depoimento à CPI do BNDES, que os recursos que obteve do banco público, um total de R$ 10 bilhões, foram apenas uma parcela do investimento total de R$ 150 bilhões que investiu, com recursos próprios ou por meio de outras fontes de financiamento, em diversos projetos no país.
“Eu agradeço a oportunidade de esclarecer inverdades divulgadas pela imprensa”, disse, no início de seu pronunciamento inicial.
Segundo Eike Batista, estavam sob sua administração 40 bilhões de dólares provenientes de várias fontes de financiamento. “Qualquer empresário vai atrás de várias fontes para baratear seus custos”, declarou.
O empresário deu como exemplo o porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense, projeto de seu grupo. De acordo com o empresário, o BNDES investiu R$ 3 bilhões de um total de R$ 70 bilhões. “Dez mil pessoas estão trabalhando lá e isso não é visto pela mídia”, criticou.
A reunião ocorre no Plenário 1.
Eike foi convocado a pedido dos deputados Carlos Melles (DEM-MG), Sérgio Vidigal (PDT-ES) e Arnaldo Jordy (PPS-PA).
Em agosto, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou que os empréstimos do banco efetivamente contratados pelas empresas de Eike Batista somaram em torno de R$ 6 bilhões – de um total de R$ 10,4 bilhões aprovados pela instituição.
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PublicidadeÀ CPI, Luciano Coutinho, afirmou que o banco não teve prejuízos com os empréstimos a Eike Batista, processado por crimes contra o mercado financeiro, manipulação do mercado e uso de informação privilegiada com possível prejuízo aos investidores na venda de ações da OGX (hoje OGPar).
O vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt, disse o mesmo em depoimento à CPI. Segundo ele, o banco não teve prejuízos com financiamentos dados a empresas do Grupo X. Ele disse que novos investidores das companhias do grupo assumiram os compromissos com o BNDES.
Em junho, em entrevista a um programa de TV, Eike Batista disse que pagou todas as suas dívidas com o banco.
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