No Rio de Janeiro, os protestos começaram mais cedo, por volta das 12h, e reuniu aproximadamente 5 mil pessoas. Organizado pela Frente Brasil Popular, pela Frente Povo Sem Medo em parceria com outros movimentos sociais e centrais sindicais, os manifestantes saíram da avenida Atlântica, em Copacabana, na altura do hotel Copacabana Palace e seguiram até o Canecão. No local está concentrada uma ocupação formada por movimentos ligados à cultura, o #OcupaMinC.
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Entre o público que gritava frases como “eu já falei, vou repetir, é o povo que tem de decidir” estavam candidatos à Prefeitura do Rio, como a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol).
Também foram registrados protestos contra o governo de Michel Temer em Salvador, que reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores.
Em São Paulo a concentração do ato na avenida Paulista começou às 16h30 no vão livre do Masp. A princípio a Secretaria de Segurança Pública do Estado chegou a proibir a manifestação, mas a decisão foi revista após um acordo com organizadores do protesto, que se comprometeram a realizá-lo após a passagem da tocha paralímpica – razão do impasse. A cerimônia foi realizada às 13h, e o protesto, inicialmente previsto para ocorrer às 14h, foi adiado para mais tarde.
“O presidente golpista do Brasil disse que a nossa manifestação teria cerca de quarenta pessoas. Aqui estão as quarenta pessoas: já somos quase cem mil na avenida Paulista”, disse Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, no carro de som. “Melhor seria estar ao lado de 40 manifestantes do que em um governo de 40 ladrões”, acrescentou.
PublicidadeA fala do militante é uma referência à entrevista dada neste sábado (3) por Temer aos jornalistas brasileiros que acompanham sua comitiva na China. Questionado sobre os protestos contra seu governo, o peemedebista minimizou os atos: “são grupos pequenos”, disse Temer.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) participou do protesto na capital paulista. “Essa manifestação de São Paulo vai se espalhar pelo país afora. Fora Temer! Diretas já e nenhum direito a menos!”, disse o petista, ao lado do ex-senador e atual candidato a vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy, que defendeu a realização de eleições diretas. “Se ele [Temer] quiser pacificar e unificar o Brasil ele pode perfeitamente chamar ou realizar uma consulta pública em 2 de outubro próximo e perguntar se o povo quer ou não que ele permaneça. Se a maioria disser ‘não’ ele deve convocar eleições livres e diretas”, disse Suplicy.
O cantor e compositor Chico César também foi para a avenida Paulista na tarde de hoje. “Eu como cidadão, como artista, me sinto no direito de vir para a rua, de me juntar às pessoas que desafiam esse governo golpista, reivindicam a queda e a saída desse governo”, disse o cantor ao grupo Jornalistas Livres.
Violência
A manifestação na capital paulista seguiu em direção à Consolação e de lá desceram a avenida Rebouças até o Largo da Batata. Ao final do protesto a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o público, que, segundo os organizadores, chegou a 100 mil pessoas. A PM não fez estimativa do público presente.
Do carro de som, organizadores pediam calma aos manifestantes para que eles não reagissem. A polícia chegou a usar jatos de água para dispersar o público no Largo da Batata. Bombas de gás foram lançadas até mesmo dentro de bares próximos ao local.
França
O ator francês Vincent Cassel publicou um vídeo em sua conta no Instagram da uma manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff em Paris. No início da gravação é possível ouvir o ator dizendo: “Brasil na França, cara!”. O protesto aconteceu durante o Festival Culturel Brésilien Le Lavage de la Madelein.
Assista o vídeo:
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