Parlamentares da base do governo demonstram muito incômodo com a validação do pedido de CPI da Lava Jato. A oposição afirma ter reunido mais de 200 assinaturas e destas, 175 foram validadas pela Mesa da Câmara dos Deputados. Mas membros da Frente Parlamentar da Segurança da Câmara (conhecida como Bancada da Bala) estão contra-atacando e afirmam que já têm conseguido reverter algumas assinaturas.
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O pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é para investigar, com base nas mensagens divulgadas pelo site The Intercept, supostas arbitrariedades e ilegalidades cometidas pelos membros da Força Tarefa da Lava Jato e pelo então juiz Sergio Moro.
“Eu espero que o presidente Rodrigo Maia não instaure esta CPI, porque ela é uma vergonha”, disse a Bia Kicis (PSL/DF) para o Congresso em Foco. “Pessoas que são investigadas, amigos de investigados, se voltam contra quem os investigou, quem os julgou, quem os puniu. Então eu não tenho outra palavra a não ser vergonha”, completou a parlamentar.
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Para uma comissão ser criada na Câmara são necessárias 171 assinaturas (um terço dos membros da Casa). Membros da bancada da bala afirmam que com as assinaturas que conseguiram reverter, restariam apenas 167 deputados, número insuficiente para se abrir a CPI.
A imprensa tem divulgado uma suposta lista de parlamentares que estariam retirando suas assinaturas, dentre eles estão Sóstenas Cavalcante (DEM/RJ) e Tabata Amaral (PDT/SP). A reportagem teve acesso ao um requerimento com pedido de retirada de assinatura do deputado federal Sóstenes Cavalcante. Já assessoria da deputada Tabata Amaral, informou ao site que ao contrário do que tem sido veiculado, a parlamentar não retirou sua assinatura do pedido de abertura de CPI.
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