Mário Coelho
Com as recentes denúncias envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM) após a divulgação do inquérito da Operação Caixa de Pandora, partidos com pouca participação no governo anunciaram a saída da base aliada. PDT, PPS e PSB formalizaram na tarde desta segunda-feira (30) que não fazem mais parte da aliança do governador. Nos próximos dias, os integrantes desses partidos deverão entregar seus cargos no primeiro escalão do Executivo.
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O PDT decidiu por unanimidade afastar o secretário extraordinário de Educação Integral, Marcelo Aguiar, o gerente de escolas técnicas, Edilson Barbosa, e o secretário-adjunto de Trabalho, Israel Batista. O PPS optou pela saída do secretário de Saúde, Augusto Carvalho, do secretário-adjunto de Saúde, Fernando Antunes, e do secretário de Justiça e Cidadania, Alírio Neto. Os três são citados no inquérito. Outros partidários também devem deixar o governo.
Já o PSB vai entregar a presidência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), ocupada por Joe Valle, que assumiu o cargo há apenas cinco dias. Valle antes ocupava o cargo de secretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia. Além disso, o partido ainda hoje se reúne para decidir o destino do distrital Rogério Ulysses, um dos citados no inquérito da Caixa de Pandora.
O PSB decidiu instaurar processo de natureza ética visando apurar a denúncia contra Ulysses, “assegurando-lhe o amplo direito de defesa”, segundo nota da sigla. Além disso, orientou seus militantes do movimento social e político a se engajarem “no processo de afastamento do atual governador e do seu vice”, bem como se posicionarem “pela mais rigorosa apuração dos graves fatos denunciados e pela punição a todos os culpados, sem exceção”.