Fábio Góis
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) procurou este site nesta quinta-feira (5) para esclarecer que o ex-ativista político e refugiado italiano Cesare Battisti, preso no presídio brasiliense conhecido como Papuda e à espera de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), não está em greve de fome, como foi publicado aqui mais cedo. Segundo Suplicy, que foi hoje ao encontro de Cesare junto com o colega José Nery (Psol-PA), o italiano apenas padece de “depressão”, e toma medicamento controlado.
Cesare Battisti entra em greve de fome contra extradição
“Até o aconselhei, bem como fizeram os advogados [de defesa junto ao STF], que seria importante ele se alimentar bem até o dia do julgamento, no dia 12”, informou Suplicy, acrescentando que Cesare está sob acompanhamento psicológico e tem se alimentado, embora inadequadamente.
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Suplicy disse ainda que o ex-ativista italiano – que é foragido da Justiça italiana, de quem recebeu condenação por quatro assassinatos –, ao confirmar que não estava em greve de fome, explicou que, para lançar mão do ato, deveria fazê-lo com um propósito definido (contra o pedido de extradição de que se defende no Supremo, por exemplo), o que não seria o caso.
O senado petista disse ainda que ele e José Nery tentaram tranquilizar Cesare com a informação de que há sinais de que o julgamento da próxima quinta-feira (12) será favorável ao italiano – ou seja, pela rejeição do pedido de extradição à Itália.
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