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“Não estou defendendo isso [a equiparação de status entre técnicos e analistas]. Estou em um processo, aqui, de muita economia”, disse o primeiro-secretário, relatando a responsabilidade pelos esforços da Mesa em disciplinar horas extras para servidores da Câmara. “São ótimos funcionários, todo mundo trabalha muito. Mas o nível salarial da Câmara é alto. No caso das horas extras, o pessoal já havia incorporado no salário. E eu estou procurando fazer uma coisa muito regrada, muito dentro da legislação, procurando fazer economia. É o que estou fazendo aqui”, completou.
Mansur lembrou que, em uma das reuniões da Mesa, o assunto gerou controvérsia entre os membros do colegiado, principalmente no que diz respeito à exigência de nível superior para policiais legislativos – categoria que deu origem à demanda levada ao comando da Câmara. Por isso, explicou o deputado, a questão foi temporariamente retirada de pauta, e não prosperará em caso de dispêndio para a Casa.
“Se esse negócio aqui [projeto] for um ‘trem da alegria’, não será feito. O que defendi na entrevista? Que acho bom que os próximos concursos tenham terceiro grau [nível superior]. Até porque a polícia de São Paulo e outras estão fazendo. Mas se tiver custo [extra], eu não vou fazer, porque estamos diminuindo custo”, explicou o deputado, informando que a questão foi levada à Diretoria-Geral, que auxilia no processo de apreciação do projeto.
Mansur garantiu que nada relativo a demanda de servidores será decidido antes da devida análise na Primeira-Secretaria da Câmara. O deputado informou ainda que uma resposta à questão será dada na semana que vem, na próxima reunião da Mesa Diretora.
Funções
PublicidadeAgente da polícia legislativa, paramédicos e assessor legislativo foram as primeiras categorias consideradas para a exigência de nível superior. No entanto, não há definição sequer se o projeto avançará, muito menos que tipo de função será envolvida em eventuais mudanças, informou o deputado. Mansur disse ainda que foi alertado sobre a reportagem deste site pelo próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em uma das reuniões da Mesa.
“O Eduardo falou: ‘Beto, saiu uma matéria sobre isso. Verifica, não vamos por na pauta, pra gente discutir e ver o que é isso, porque pode ter gato’. Estava na minha pauta [como primeiro-secretário]. Peguei, separei e não pautei. Não se discutiu”, detalhou Mansur.
O deputado esclareceu ainda que, na coletiva de imprensa concedida ontem (quarta, 16), apenas resumiu o que foi tratado sobre o assunto em reuniões da Mesa e disse a repórteres que iria “estudar” o assunto, com o auxílio dos departamentos administrativos competentes. Foi quando, questionado por um jornalista, disse que, “particularmente”, de acordo com informações sobre outras polícias institucionais, disse considerar a ideia de nível superior positiva “para os próximos concursos”.
“Ainda ressaltei que vou fazer um estudo para poder privilegiar o dinheiro público, fundamentalmente. Respeitar o direito da Câmara etc, mas, fundamentalmente, o interesse do dinheiro público. Não com essas palavras, mas falei: ‘Vou ver o que é bom para a Câmara, e o que é de interesse do dinheiro público’. Vou te ser sincero: ainda nem sentei para ver isso. Ontem [quarta, 16], só cuidei de hora extra aqui, porque mudamos tudo”, declarou o deputado, garantindo que cobrará “isenção” de sua assessoria no exame do projeto.
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