Com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, o Congresso em Foco realizará entre os próximos dias 28 e 29 de setembro a primeira fase de votação do Prêmio Congresso em Foco 2009. Durante esses dois dias, uma urna itinerante circulará pelo Congresso Nacional e pelas principais redações de Brasília para recolher os votos dos jornalistas políticos, que serão convidados a apontar quais são, na sua opinião, os deputados federais e senadores que melhor representam a população no Parlamento.
Será a quarta vez em que o prêmio, uma iniciativa apoiada por diversas entidades da sociedade civil, será concedido. Desta vez, no entanto, ele terá alguns aprimoramentos, definidos com a participação da diretoria do Sindicato e de jornalistas que cobrem o Congresso.
Para começar, serão sugeridos aos jornalistas votantes que levem em consideração três critérios para escolher os melhores parlamentares:
– a atuação do congressista, no que diz respeito à participação em debates parlamentares, articulações políticas e à apresentação de projetos;
– sua idoneidade moral; e
– a assiduidade, sobretudo no que diz respeito à presença nas sessões deliberativas.
Cada jornalista poderá votar em até 15 deputados federais e dez senadores. Serão premiados os 25 deputados federais e dez senadores mais votados. A classificação final deles e os prêmios (troféus, placas ou certificados) dependerão da votação dos internautas, que será feita pelo site Congresso em Foco entre 1º de outubro e 19 de novembro de 2009. A cerimônia de premiação vai ser realizada em Brasília no dia 7 de dezembro.
Outras categorias
Os jornalistas também votarão em três categorias especiais:
– Boa iniciativa
O jornalista será convidado a indicar uma “boa iniciativa” do Congresso Nacional, seja ela da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, isoladamente ou em conjunto. Essa “iniciativa” pode ser uma proposta legislativa aprovada; uma comissão, permanente ou temporária, que tenha funcionado durante o ano de 2009 em qualquer uma das duas Casas; um trabalho realizado pelo Congresso, por qualquer um de seus órgãos internos, incluindo serviços de apoio e administrativos.
– Parlamentar que mais se destaca na promoção da justiça e combate à corrupção
– Parlamentar mais comprometido com a defesa da educação
Nos três casos, serão submetidos à votação final na internet os cinco nomes (de iniciativas ou de deputados/senadores) mais citados pelos jornalistas.
Por que o prêmio
Num momento em que decepções recentes e sucessivas levam muitos a estarem agora em busca de referências positivas na política, aparentemente cada vez mais raras de se encontrar, consideramos importante estimular os jornalistas e a sociedade a refletirem sobre quem melhor os representa no Congresso.
O Prêmio Congresso em Foco, um convite à analise do desempenho individual dos representantes eleitos, permite alcançar ao mesmo tempo vários objetivos:
– Reconhecer o trabalho dos deputados federais e senadores que se destacam no cumprimento de suas obrigações.
– Valorizar os bons exemplos, de modo a incentivar os parlamentares federais a desempenharem o papel que deles se espera, e, ao mesmo tempo, sinalizar ao eleitorado que melhorar a qualidade da nossa representação política é possível.
– Estimular a população a analisar o desempenho individual dos representantes eleitos, propiciando a participação política dos cidadãos na definição dos congressistas a serem agraciados.
– Contribuir para formar eleitores mais conscientes, capazes tanto de ver o Congresso e a política com maior acuidade quanto de exercer integralmente a cidadania.
– Difundir o conceito democrático de que os direitos e deveres dos eleitores vão além do simples ato de votar, a cada eleição, e devem necessariamente incluir o acompanhamento ativo, permanente e consciente da atuação dos representantes eleitos.
– Enfrentar mitos que afastam vários brasileiros da vida política, como as ideias de que todos políticos são iguais ou de que uma representação legislativa trabalhando em favor da população é sempre impossível, noções aliás muitas vezes usadas para justificar teses autoritárias (como o fechamento do Congresso) ou cínicas (tipo “já que liberou geral, locupletemo-nos todos”).
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