Mário Coelho
Os deputados distritais da oposição ao governador José Roberto Arruda (sem partido) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) consideraram que a desfiliação dele do DEM é uma manobra para tentar diminuir o ímpeto da aprovação dos processos de impeachment. Para os aliados, porém, a saída do partido não deve mudar o trâmite dos processos por crime de responsabilidade contra Arruda.
A líder do DEM na CLDF, Eliana Pedrosa, acredita que a saída de Arruda do partido não vai influenciar no jogo político dentro da Casa. Ela, que reassumiu o cargo ontem – era a titular da Secretaria de Ação Social -, aposta que o clima continuará o mesmo nos próximos dias. Já o novo corregedor da Câmara, Raimundo Ribeiro acredita que a desfiliação é “uma questão de foto íntimo”. “Traz repercussões políticas sim, mas ainda é cedo para saber se negativas ou positivas”, disse Ribeiro.
Já os oposicionistas vão mais longe. Para a líder do PT, Erika Kokay, a desfiliação é uma tentativa de desmobilizar a oposição. Na avaliação da petista, a intenção de Arruda seria jogar com a impossibilidade de não se candidatar à reeleição em 2010. “Nós não estamos pensando em 2010. Nosso pensamento é de continuar as investigações”, disse Erika.
A deputada Jaqueline Roriz (PMN), filha do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), acredita que Arruda deve perder apoio no decorrer das investigações. A avaliação dela é que com a proximidade das eleições, os deputados da base não vão “ficar perto de alguém sem perspectiva de poder”.
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