Fábio Góis
Depois de vídeos, transcrições e delação premiada que mostram o contrário, o deputado ACM Neto (DEM-BA) negou que o escândalo que tem como protagonista o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), seja um esquema de desvio de dinheiro público operado pelo DEM. Segundo ACM Neto, o caso atinge apenas “uma liderança do partido”, no caso Arruda.
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“Não considero que existam elementos para se concluir que isso é um mensalão. O problema do PT era um problema do partido todo. Agora, no caso do governador do Distrito Federal, é uma situação que alcança uma liderança do partido, e não o partido todo”, disse ACM, para quem a correlação entre os mensalões (o do PT aconteceu em 2005) é obra de parte da imprensa e foi urdida por adversários.
“O Democratas nacional não tem nenhuma responsabilidade sobre isso. Não dá para traçar nenhuma comparação. Vamos nos diferenciar do PT e outros, na medida em que tomaremos providências. Nós não nos calaremos”, completou.
Corregedor da Câmara, ACM diz ainda que a decisão anunciada hoje pelo partido – oito dias de prazo para Arruda apresentar defesa convincente, sem expulsá-lo de maneira sumária – mostra a orientação pela legenda em garantir ao acusado o direito constitucional à ampla defesa – mas que isso não implicaria “passar a mão na cabeça do governador”.
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