Jader e Braga alegam problemas de saúde e faltam votação do impeachment
Eduardo Braga está tratando um tumor na bexiga e Jader Barbalho está internado no hospital Sírio-Libanês, onde passa por tratamento de radioterapia. Rose de Freitas sofreu um AVC e veio de São Paulo para votar no impeachment
Dois senadores do PMDB deixarão de votar a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por motivos de saúde. O ex-ministro de Minas e Energia de Dilma, Eduardo Braga (AM), está tratando um tumor na bexiga e Jader Barbalho (PA) também está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, há um mês e meio para tratamento de radioterapia. A senadora Rose de Freitas (ES) também estava no Sírio-Libanês, se recuperando de um Acidente Vascular Cerebral, mas deixou a capital paulista hoje para participar da votação.
Braga e Jader comunicaram sua impossibilidade de comparecer à sessão por meio de seus perfis no Facebook. Eduardo Braga disse que está de licença médica desde que deixou o ministério, no último dia 20. "Há tempos fui diagnosticado com um tumor na bexiga, denominado carcinoma tipo II. Por conta disso, já fazia um bom tempo que eu precisava realizar vários exames e dar início a um rigoroso tratamento, mas sempre adiava tais procedimentos devido ao excesso de atividades enquanto ministro", escreveu o senador amazonense, que disse ter chegado "ao limite", e precisou optar por cuidar da saúde. "Assim que possível, retomarei minhas atividades políticas no Senado", concluiu Braga.
Jader Barbalho comunicou em sua página no Facebook que não poderia comparecer à sessão de votação em função do "tratamento de radioterapia de um Adenoma de Hipófise (que já estava comprimindo meu nervo ótico). E que, por recomendação médica, "não pode ser interrompido por um dia sequer", escreveu o senador.
"Confio em Deus e espero ter rápida recuperação para voltar as minhas atividades de homem público", acrescentou Jader.
Na última sexta-feira (6) a senadora Rose de Freitas deu entrada no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, onde foi diagnosticada com AVC. A senadora está com dificuldades na fala e não se pronunciará na sessão de votação.
O líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), tentou convencer Rose a permanecer em São Paulo para dar continuidade ao tratamento médico, mas a senadora fez questão de vir. Em sua página no Facebook, Rose confirmou sua presença na votação do impeachment, mas em seguida retornará para São Paulo.