Rudolfo Lago
As entidades sindicais do Distrito Federal se reunirão na terça-feira (01), às 15h, na sede da CUT-DF, para discutir o envolvimento do governador José Roberto Arruda no esquema de corrupção e pagamento de propinas descoberto pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A ideia é que se tire uma posição conjunta sobre o caso. No inquérito 650-DF, Arruda é acusado de chefiar uma organização criminosa que desviou dinheiro público para a formação de caixa irregular de campanha política e para o pagamento de um “mensalão” para a sua base de sustentação na Câmara Legislativa.
Como proposta, o presidente do PT-DF, Chico Vigilante, que convocou a reunião, sugere que as centrais defendem o afastamento imediato de Arruda do governo do Distrito Federal. Em seu lugar, Vigilante defende que assuma o presidente do Tribunal de Justiça, Nívio Geraldo Gonçalves. “Na escala de sucessão, ele é o único que pode assumir”, explica Chico. “O vice-governador, Paulo Otávio, está tão ou mais enrolado que Arruda. Segundo o inquérito, ele não só recebe propina também como se vê que boa parte dos desvios acontecia nas mudanças de destinação imobiliária do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). O presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, é acusado de receber também propina do esquema”, continua.
Mesmo com a posse do presidente do Tribunal de Justiça, Chico Vigilante ainda sugere outras providências: “O Conselho Nacional de Justiça deve investigar o Poder Judiciário do Distrito Federal, porque há no inquérito menção à existência de um esquema de compra de sentenças judiciais”.
Confira a cobertura sobre a Operação Caixa de Pandora
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