Depoimento de Vaccari começa com “ratos” em Plenário
Uma pessoa foi presa no início da CPI da Petrobras acusada de ter jogado pelo menos 15 roedores no plenário onde está acontecendo o depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
Uma pessoa foi presa no início da CPI da Petrobras acusada de ter jogado pelo menos 15 roedores no plenário onde está acontecendo o depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A principio, acredita-se que são hamsters.
"Isso, circo armado, infelizmente mostra o nível em que nós nos encontramos", afirmou o presidente da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ). Alguns parlamentares chegaram a acusar o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) de ter orquestrado o protesto inusitado. Waldir negou qualquer participação no episódio.
Os seguranças da Câmara prenderam o manifestante e tentaram capturar os animais. "Parecia um hamster. Ratos vestidos a caráter, com pedigree", brincou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).
"Infelizmente tivemos um procedimento infeliz, mas já tomamos as providências. Quero deixar bem claro que nada nos impedirá de dar prosseguimento à reunião. Tivemos procedimento infeliz e nos vamos seguir com a oitiva do senhor Vaccari", disse o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB).
Vaccari foi denunciado por lavagem de dinheiro e está sendo ouvido na qualidade de acusado. Ele e está protegido por um habeas corpus concedido na noite de ontem pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, e tem o direito de ter a assistência de advogado e de não se comprometer a dizer a verdade ou mesmo se calar dependendo da pergunta.
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, começou sua exposição à CPI da Petrobras dizendo que as doações de campanha oficiais feitas por empresas investigadas pela Operação Lava Jato na campanha eleitoral de 2010 não representam peso excessivo no total arrecadado.
Segundo Vaccari, as doações das empresas investigadas, em 2010, totalizaram R$ 135 milhões. Ele se baseou em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, segundo a qual, em 2010, os percentuais de doações dessas empresas aos partidos foram os seguintes: PMDB – 24%, PT – 23%, PSDB – 20%, PSB – 14%.
“As doações feitas por empresas investigadas foram equivalentes às de outras empresas”, disse Vaccari.