Mário Coelho
Os líderes do DEM deixaram para amanhã (1/12) a decisão sobre o destino político do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). A discussão se ele vai sofrer penalidades dentro do partido sairá durante reunião da Executiva nacional democrata. “O partido não vai se omitir”, afirmou o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), após reunião na casa do senador José Agripino (RN), líder da legenda no Senado.
Deixar a decisão para a Executiva reflete a divisão dentro do próprio partido. Enquanto uma parte defende a expulsão sumária de Arruda, uma outra corrente quer que ele enfrente um processo disciplinar no Conselho de Ética do DEM. “Essas denúncias são muito graves, é fundamental que o governador faça a sua defesa e a forma como o partido vai se portar será decidida amanhã”, disse Maia.
Antes, a cúpula democrata se reuniu com Arruda na Residência Oficial de Águas Claras. Segundo Rodrigo Maia, o governador fez a leitura de um documento que ele preparou, foi acompanhado com atenção por todos que estavam presentes e amanhã na reunião o partido vai deliberar sobre o caso. “O mais importante é que o partido terá uma posição e vai responder de fato a essas denúncias que atingiram o governador e são muito graves. Teremos amanhã com clareza e transparência a posição do democratas”, disse.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é um dos favoráveis à expulsão sumária de Arruda. Ele disse que não satisfez com as respostas do governador. Mesmo assim, ele acredita que o partido deve “hipotecar solidariedade” a Arruda. “Fiz algumas perguntas, não me satisfiz com as respostas e disse a ele que votaria na Executiva pela expulsão sumária”, disse Demóstenes.
Arruda é um dos investigados pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Segundo inquérito produzido pela PF, ele se beneficiou de um esquema de propinas ao primeiro escalão do GDF. Além disso, seria responsável pelo pagamento de um “mensalinho” a deputados distritais.
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