Corpo de Marielle segue em cortejo pelo Rio; multidão ocupou arredores da Câmara Municipal
Segundo informações preliminares, investigadores envolvidos no caso têm a tese de execução como primeira hipótese – a exemplo do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), de quem foi assessora parlamentar, Marielle denunciava casos de corrupção policial e, como o correligionário, atuava no combate à ação criminosa de milícias e facções do crime organizado no Rio de Janeiro.
A Polícia Militar acredita que os bandidos seguiram por quatro quilômetros o carro onde Marielle e Anderson estavam quando foram baleados. Uma assessora da vereadora foi atingida por estilhaços e prestou depoimento durante boa parte desta madrugada. No local – bairro do Estácio, centro do Rio – foram encontradas nove cápsulas de bala.
Nos últimos dias de sua vida, Marielle, que era contra a intervenção federal decretada por Michel Temer na segurança pública do Rio, vinha questionando ações da PM no estado. Em uma postagem no Twitter na última terça-feira (13), um dia antes de morrer, suas palavras resumiram a luta da parlamentar em meio à barbárie da sociedade fluminense. Ela comentava a morte de mais um jovem negro pela polícia.
"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"
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