Mário Coelho
O diretório regional do PMDB em Santa Catarina deve aprovar neste sábado (26) o apoio ao DEM para a disputa das eleições de outubro. Mesmo sob a ameaça de intervenção federal, os peemedebistas estão otimistas quanto à possibilidade de fazer a coligação conhecida como “tríplice aliança”, responsável por eleger duas vezes Luiz Henrique da Silveira como governador do Estado. Caso a cúpula nacional decida intervir, os catarinenses prometem entrar na Justiça para fazer valer o resultado da convenção.
Em reunião ocorrida na tarde desta sexta-feira (25) em Florianópolis (SC), membros do diretório e integrantes da bancada de deputados estaduais e federais decidiram apresentar duas propostas para votação na convenção deste sábado. A primeira é pela coligação com DEM e PSDB. Disputam o cargo de vice do senador Raimundo Colombo (DEM-SC) o presidente regional do PMDB, Eduardo Pinho Moreira, e o deputado federal João Matos (PMDB-SC).
Para o Senado, vão disputar uma das vagas os ex-governadores Luiz Henrique e Paulo Afonso Vieira. A segunda posição ficaria reservada ao PSDB, caso os tucanos decidam fechar aliança com DEM e PMDB. A outra opção que será votada amanhã é a candidatura do deputado estadual Edison Andrino ao governo estadual. Quase sem espaço dentro do partido, a pré-candidatura dele é vista mais como uma tomada de posição do que com real viabilidade eleitoral.
Na semana passada, a Executiva nacional do PMDB iniciou o processo de intervenção no diretório regional. A cúpula peemedebista quer que os catarinenses tenham candidatura própria ao governo e dêem palanque à candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff. Porém, com a promessa de candidatura do deputado federal Mauro Mariani (PMDB-SC), o clima para intervenção esfriou. Porém, hoje Mariani desistiu da candidatura, argumentando que não teve tempo para “construir” seu nome no partido.
Agora, com a possibilidade de a intervenção acontecer, os peemedebistas já entraram na Justiça para garantir que seja cumprida a decisão de amanhã da convenção regional. Porém, mandado de segurança apresentado na Quinta Vara Cívil de Brasília foi negado. Em Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira disse que a estratégia é de lutar na Justiça Eleitoral para garantir o resultado.
A confusão é tamanha em Santa Catarina que fez o DEM, irritado com a possibilidade de candidatura própria dos peemedebistas, intervir no Maranhão. No estado nordestino, o DEM pretende se coligar com o PMDB e apoiar a reeleição de Roseana Sarney ao governo.
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