Edson Sardinha
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse esperar que seu partido não degenere com o eventual crescimento da bancada. Ao receber o Prêmio Congresso em Foco como o deputado mais bem avaliado por jornalistas que cobrem o Legislativo, Chico ressaltou que a bancada foi a única da Câmara a emplacar todos os seus integrantes na lista dos mais atuantes.
“A bancada do Psol 100% ficou entre esses 27 mais atuantes. Vocês podem considerar que conseguimos isso porque somos poucos. Conseguimos muitas coisas porque somos poucos ainda. Espero que a gente, crescendo, não degenere”, afirmou o deputado. Os outros dois integrantes do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS), também ficaram entre os melhores.
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Na avaliação do deputado, a participação dos jornalistas na primeira fase de votação do prêmio valoriza o processo de escolha dos melhores congressistas. “Quem faz o cotidiano da Câmara e do Senado sabe quem é quem. Quem está legitimamente representando interesses numa sociedade de classes, quem faz o bom dissenso e o bom combate, quem está lá no velhíssimo patrimonialismo, de confundir interesse público com privado, de roubar os cofres da nação, de fazer essas tramóias, esse pastelão panetônico que nos assusta agora e já aconteceu às melhores famílias. Mas isso não pode virar rotina”, declarou.
Historiador por formação, Chico recorreu a uma máxima do ex-deputado e humorista Aparício Torelly, o Barão de Itararé, para fazer uma crítica à atuação dos políticos brasileiros. “O mau de certos políticos não é a falta de persistência. É a persistência na falta”, afirmou.
Chico Alencar se disse orgulhoso por dividir a honraria, entregue no último dia 7 a 27 deputados e 11 senadores que mais se destacaram no ano, com colegas que respeita.
“O Brasil é engraçado. Tem uma democracia eleitoral bienal, às vezes formal e banal, mas tem pouca República. O Congresso em Foco é um site republicano. Quando vejo a lista dos homenageados aqui, fico muito animado a permanecer nessa batalha parlamentar. Porque aí vejo – até pra citar um pólo de divergência político e ideológico muito grande – meu amigo Ronaldo Caiado. Ali outro dia o parabenizei, assim como o senador Demóstenes Torres – embora seja um assunto interno mas que interessa a toda a sociedade – porque temos um ponto em comum: o de fazer a grande política”, disse Chico em alusão à postura dos dois parlamentares de defender a expulsão do governador do DF, José Roberto Arruda.
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