Afif é a “a pessoa certa no lugar certo”, diz Dilma
Vice-governador de São Paulo acumulará cargo de ministro da Micro e Pequena Empresa. Ele disse que a meta é desburocratizar o setor para aumentar a competitividade
A presidenta Dilma Rousseff empossou nesta quinta-feira (9) o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, em cerimônia no Palácio do Planalto.Segundo Dilma, Afif é "a pessoa certa para o lugar certo". Ela destacou a "eficiência, experiência e visão estratégica" do novo ministro e enfatizou a necessidade de desburocratizar o setor.
"O ministro foi o mais importante formulador e ao mesmo tempo o representante de milhões de cidadãos comuns que têm nas micro e pequenas empresas os objetivos das suas vidas. O ministro construiu a pauta das micro e pequenas empresas no nosso país", afirmou a presidenta. Segundo Dilma, o " espírito empreendedor dos brasileiros agora pode contar com uma estrutura institucional para realizar suas atividades".
Filiado ao PSD, Afif é o atual vice-governador de São Paulo. Ele irá acumular os dois cargos mas receberá salário apenas pela nova secretaria, de R$ 26.723,13 por mês. Apesar de fazer oposição ao governo no plano estadual, Afif afirmou que o setor não é "bandeira partidária". "Micro e pequena empresa não é uma bandeira partidária, é uma bandeira nacional. Temos que nos unir em torno desse objetivo. Eu me sinto emocionado e agradeço a oportunidade de continuar na luta dos pequenos e pelos pequenos", disse durante a cerimônia. Segundo o ministro, as prioridades da nova pasta serão desregulamentar e aumentar a competitividade do setor.
Afif é também administrador de empresas e ex-presidente do Conselho do Sebrae. Ele foi o idealizador do MEI (Microempreendedor Individual) e autor do artigo que deu origem ao Simples (Sistema de Arrecadação de Impostos Nacional).
Em 1989, Afif foi candidato à Presidência da República pelo antigo PL, hoje PR. Na primeira campanha eleitoral ao Planalto depois da redemocratização, os ex-presidentes Lula e Fernando Collor eram alguns dos 21 adversários do atual ministro. Collor venceu aquela eleição; Lula ganhou anos depois, em 2002 e 2006.