Em cerimônia no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro disse que iria evitar falar de economia porque “O nosso posto Ipiranga é insubstituível”, disse, em referência ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A fala de Bolsonaro vem um dia após Guedes demonstrar irritação com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, que defendeu que o Brasil mostre mais preocupação com a trajetória da dívida pública. O ministro não falou no evento de hoje.
Em seu discurso, Bolsonaro celebrou os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro, que mostrou que o Brasil abriu 394.989 vagas de emprego no mês passado e indicou superávit nos meses de julho, agosto e setembro. “É uma notícia excelente que interessa todos nós, que queremos paz, harmonia, tranquilidade, progresso”, disse.
Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Economia. Apesar dos números dos últimos meses, em 2020 o balanço ainda é negativo: nos dez primeiros meses do ano, foram perdidos 171.139 empregos, em meio à crise causada pela pandemia de coronavírus.
“Se nós acreditarmos em projeções, nós vamos terminar o ano, mês de dezembro, com mais gente empregada do que em dezembro do ano passado – isso atravessando uma pandemia”, afirmou.
> Cid Gomes pede ao PT que não lance candidato ao Planalto em 2022
Bolsonaro fez elogios aos senadores Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, e Jorginho Mello (PL-SC), autor do Pronampe, programa de auxílio a micro e pequenos empresas. “Sim, você foi aquele homem que salvou milhões de empregos no Brasil”, disse Bolsonaro.
Ele também cumprimentou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pelo seu aniversário e pelo trabalho à frente da pasta. “Se Deus quiser, nós vamos, até 2022, concluir toda a transposição do São Francisco.”
Revogaço
A solenidade contou com o anúncio uma oitava edição “revogaço” de decretos, iniciativa conduzida pela Secretaria-Geral para reduzir o arcabouço normativo existente. Desde o início deste Governo, já foram revogados 3.397 decretos. Segundo o ministro Jorge Oliveira, esse processo confere maior eficiência, simplicidade, transparência e publicidade aos atos normativos editados pelo presidente da República.
“Ao longo desses dois anos de mandato, nós revogamos mais atos do que outros presidentes o fizeram em 20 anos”, disse Bolsonaro. “Então, a questão da desburocratização, desregulamentação é muito bem-vinda.”
Na cerimônia, também foram lançadas plataformas para aperfeiçoar ferramentas de busca de normas federais – legais e infralegais – e conectar todos os órgãos da administração pública.
Deixe um comentário