Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com PhD em Economia pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Rubem de Freitas Novaes deverá ser o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Rubem Novaes foi diretor do BNDES e presidente do Sebrae. Seu nome foi uma escolha do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de quem é amigo e com o qual comunga da ideia de que a grande missão econômica do novo governo é privatizar tudo o que for possível. A palavra de ordem é promover uma desestatização ampla, geral e irrestrita. O banco teve papel-chave no processo de desestatização implementado durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Apesar das desconfianças no mundo político e empresarial sobre o tempo de duração do relacionamento entre Paulo Guedes e o presidente eleito Jair Bolsonaro, pessoas envolvidas na transição de governo alertam que vai errar quem apostar na separação dos dois. Segundo tais fontes, a relação entre os dois é excelente e Guedes tem total carta branca para conduzir a área econômica como bem entender.
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Embora seja um nome conhecido do mercado – foi um dos fundadores do Banco Pactual – e tenha formação acadêmica sólida (também é PhD pela Universidade de Chicago), Paulo Guedes é um calouro na administração pública, o que tem gerado especulações sobre sua capacidade de dialogar com os atores políticos. Nesta semana ele desautorizou o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a falar de economia depois que o deputado gaúcho levantou a hipótese de mudança na política cambial e defendeu o adiamento da reforma da Previdência para 2019.
Paulo Guedes desautoriza futuro chefe da Casa Civil a falar de economia
Está se formando um dream team na economia. Pela primeira vez teremos um governo a favor do livre mercado, algo que gerará prosperidade econômica extraordinária.
E vejam que diferença: seremos administrados por gente com formação superior na melhor faculdade de economia do mundo, a de Chicago. Antes, com a petralhada, éramos administrados por keynesianos de quermesse da Unicamp (cuja faculdade de economia, se extinta, elevaria em uns três pontos o PIB brasileiro).
hahahaha…seu iludido!!! Vc terá de continuar a pagar juros exorbitantes no cartão de crédito, a receber menos por seu trabalho e com menos direitos e ainda vai ter de bancar tudo o que cerca a sua miserável vida de brasileiro…plano de saúde, escola, universidade, previdência privada etc….o modelo a ser buscado deveria ser o dos países do norte, como Noruega, Suécia, Dinamarca, etc…com bem estar social de fato e amplos direitos para viver com mais tempo para o que interessa…a vida!!!
O governo do lucro recorde para banqueiros e que devastou a economia foi o da esquerda. Vamos tentar algo diferente agora.
E se quisermos nos aproximar do modelo escandinavo, precisamos justamente de um choque liberal na economia, pois estes países são muito mais abertos economicamente que o nosso.
Iludido é você de querer como modelo o desgoverno petista que nos levou à maior recessão econômica da história e que, se tiver de buscar um paralelo no exterior, é do governo venezuelano, defensor da mesma cantilena bolivariana.
Bom, não entendo sinceramente essa obsessão com a Venezuela. Vc perdeu ponto por fugir do tema. Aliás, o modelo que vc sugere colocou a Argentina no colo do FMI!! Estibe em Buenos Aires em setembro e conversei com uma penca de portenhos… É isso que vc acha bom? Outra obsessão é o PT. Não está mais no governo há algum tempo, mas eixou de brinde para o seu candidato eleito, uma reserva em dólares nunca vista na história do país. Por esse motivo o país não vai quebrar. A crise tende a passar…mas o lucro agora vai continuar com os bancos e sem o mínimo de distribuição de renda….somados a perda de direito e privatização de tudo que estiver pela frente….
Você leu o plano de governo do Haddad? Observou a política econômica da Dilma que conduziu o Brasil a uma enorme crise? Pois bem. Compare isso com a economia chavista e verá que a associação não é vã.
Nada disso, não defendo o modelo do Macri e não é disso que se trata uma proposta liberal. Primeiro, importante esclarecer que o problema é o endividamento, pouco importa quem seja o credor. O PT se vangloria de ter acabado com nossa dívida externa, mas isso é só retórica ideológica para agradar a claque “anti-imperialista”, que na prática não significou nada. Pelo contrário: com o PT, ao final do seu ciclo de poder, nosso endividamento aumentou, só que era o interno, com juros maiores até do que os do FMI. O negócio é reduzir a dívida ao máximo, mas responsabilidade fiscal não é uma pauta levada a sério na esquerda, que ignora as consequências maléficas disso.
A Argentina vive o mesmo mal que nós tínhamos até 2014: eles, após o regime militar, não tiveram uma direita organizada que chegou ao poder. Lá a disputa se dá entre uma esquerda mais radical (peronista/kirchnerista, equivalente ao PT aqui) e outra mais moderada (a de Macri, que seriam os tucanos aqui). Lá nenhum conservador ou liberal chegou ao poder. Vale lembrar que o Macri recebeu uma herança maldita dos Kirchner, não pode fazer milagre, mas ele não é um liberal, sim um social-democrata.
Por modelos de liberalismo podemos pensar no Chile, em que o Paulo Guedes trabalhou, inclusive, hoje a nação mais próspera da América Latina, não por acaso a mais favorável ao livre mercado. Ou ainda em outras nações que tinham um perfil sócio-econômico semelhante ao nosso meio século atrás e que hoje são potências, por adotar a cartilha liberal da Escola de Chicago: Letônia, Coréia do Sul e Singapura. Estes são os modelos.
E discordo amplamente de seu diagnóstico final. É o modelo intervencionista/estatista da esquerda que historicamente gera concentração de renda e lucro recorde para banqueiros. É o famoso capitalismo de compadrio ou de Estado. Oligopólios, monopólios, juros extorsivos existem justamente em economias fechadas, muito dependentes do Estado, onde não há espaço para a concorrência. Basta pensar nos bilhões que o BNDES petista distribuiu a empresários amigos do poder como Eike e Joesley, o que nada tem a ver com estímulo ao livre mercado, pelo contrário. O liberalismo combate esses males que narrou. Espere e verá.
Qual o problema de privatização? É a favor de monopólio por acaso? E direitos não nascem da canetada de um burocrata. Não há direito algum se não houver dinheiro para bancá-lo, afinal todos tem um custo embutido, e isso não se garante sem prosperidade econômica. A menos que se contente com a criação de várias leis que são letra morta.
Se quiser sair da zona de conforto e começar a entender o que realmente é o pensamento liberal, comece por “As seis lições” de Mises. Um livro acessível para quem quer se introduzir no pensamento econômico liberal, ainda que sem formação em economia, como é meu caso (sempre estudei o tema de forma autodidata). A partir daí, caso se interesse, há uma bibliografia imensa para se aprofundar, tanto da Escola Austríaca quanto da Escola de Chicago, e podemos voltar a conversar. Nem que seja para entender de verdade quem pensa diferente de você em temas econômicos, para além das caricaturas reducionistas pintadas pela esquerda. Abraço e obrigado pela resposta.