Jamais foi tão baixa a avaliação do governo de Michel Temer (MDB) entre as principais lideranças do Congresso Nacional. O índice de aprovação dele caiu de 23,9 para 6,9 em apenas três meses – isto é, de março a junho deste ano.
O conceito da administração Temer caiu em praticamente todas as áreas, mas o aspecto mais decisivo para a queda de avaliação foi o sentimento de que ela perdeu a capacidade de “elevar a confiança do mercado”. Três meses atrás, numa escala de zero a 100, o governo recebeu nota 54 nesse quesito. Agora, a nota está em 43.
Todos esses dados são do Painel do Poder, produto criado pelo Congresso em Focopara monitorar de forma sistemática e com fundamentação científica as percepções e os humores daqueles que mandam no Congresso. Foram ouvidos 56 líderes entre os últimos dias 14 e 21 de junho. A amostra é estratificada. Isto é, guarda relação com a proporção real que as diferentes regiões e bancadas partidárias ocupam no Parlamento. Além de líderes de partidos, são entrevistados presidentes de comissões permanentes, integrantes das Mesas da Câmara e do Senado e os chamados líderes temáticos, que exercem grande influência sobre frentes parlamentares (como a ruralista, a evangélica e a sindical) ou são porta-vozes de áreas fundamentais (como meio ambiente e direitos humanos).
Leia também
Nem mesmo em agosto de 2017, quando a Câmara dos Deputados rejeitou a primeira denúncia contra Temer o seu conceito esteve tão baixo entre aqueles que formam a elite do Legislativo brasileiro. Naquele mês, a avaliação do governo chegou a 18,3.
Para acompanhar a percepção dos parlamentares sobre o governo, o índice combina a avaliação que os líderes fazem da gestão federal atualmente e o que eles esperam para os próximos meses. A nota vai de -100 até +100. Ou seja: ainda que a avaliação tenha despencado e continue muito baixa, ela apresenta viés positivo.
Veja como evoluiu a avaliação de Temer desde março de 2017, quando foi feito o primeiro levantamento.
Queda de confiança
Em relação ao levantamento anterior, de março de 2018, a avaliação do governo Temer caiu em praticamente todas as áreas. Até mesmo no campo da segurança pública, no qual o prestígio do Planalto cresceu entre os líderes logo após a intervenção no Rio de Janeiro. Passados os primeiros meses, e uma vez demonstrado que a medida está longe de resolver o problema naquele estado, também aí a atuação governamental passou a ser vista com mais reservas. Em março, de zero a 100, o governo teve nota 41 na área de segurança pública. Agora, ela está em 35 – abaixo até mesmo dos 38 verificados em março de 2017. O diagnóstico mais pessimista coincide com o aumento de índices de criminalidade no estado.
Isoladamente, no entanto, o item que mais contribuiu para a percepção negativa da elite parlamentar sobre a gestão Temer foi a questão da “confiança do mercado”, como mostra o gráfico abaixo.
Dois fatores podem ter contribuído para esse resultado: a condução dada pelo presidente à greve dos caminhoneiros e a certeza, já manifestada pelos líderes em levantamentos anteriores, de que Temer não conseguirá colocar em votação pautas que ele mesmo havia apontado como prioritárias, a começar pela reforma da Previdência.
Reduzir o imposto sobre o diesel, afetando a saúde das contas federais, e tabelar preços do frete foram as saídas de que o presidente Michel Temer lançou mão para frear o protesto que fechou estradas em todo o país e levou ao desabastecimento de combustíveis. Tal saída foi vista como um passo atrás em relação a uma política econômica de corte mais liberal, determinante para o apoio que um presidente de baixa popularidade no conjunto da população sempre encontrou no mercado financeiro, no grande empresariado e no Congresso.
Colaborou ainda para a queda da avaliação do governo a projeção de crescimento da instabilidade política nos próximos 12 meses. Para 64% dos líderes parlamentares ouvidos, a turbulência irá aumentar nesse período. Eles projetam ainda piora na economia e na gestão das contas públicas (50% em ambos os casos), na confiança do mercado (46%) e no combate à corrupção e na criação de emprego e renda (45% nas duas situações).
Muitas outras questões, relativas às percepções dos líderes tanto no que diz respeito a temas em debate no Parlamento quanto à análise da conjuntura política, econômica e institucional, foram tratadas nessa nova onda de pesquisa do Painel do Poder.
Se você deseja ter acesso integral aos resultados ou quer saber mais sobre esse produto, escreva para paineldopoder@congressoemfoco.com.br.
>> Investigação contra Temer é prorrogada por mais 60 dias
O Temer é uma extensão do PT. Queriam o quê? Se o PT quebrou o Brasil vai esperar o quê do VICE??
Bullshit!!!
Quem quebrou o pais todo e fica cada dia pior são os elites, golpistas chamados Aecio pó (PSDB) e o criminal Vampiro Temer (PMDB)!
DESDE QUANDO QUE O PT=PMDB?????????????????? NEVER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
TOTAL BULLSHIT!
É Vero Bello..kkkk
Na verdade, com a proximidade das eleições os parlamentares que antes apoiaram o Temer em troca de emendas ou de cargos, frustrando profundamente os seus eleitores, agora querem jogar cortina de fumaça na tentativa de não serem vistos, na hora do voto, como mercenários ou traidores daqueles que lhes outorgaram o mandato, apostando na famosa memória curta do eleitorado. O fato é que se o governo não funciona a culpa é de todos eles.
A avaliação negativa dos “principais lideres do congresso” possuem tanto valor quanto um elogio da Sra. Dilma ou uma previsão dos Mantegas, Meireles, etc. da vida.
FORA TEMER!