Amilcar Faria *
“Estamos em um tempo de muita desonestidade intelectual. Não há pior traição que aquela do campo das ideias.” (Evaristo Magalhães)
“Para se ter honestidade intelectual ao expressar suas ideias, três coisas são imprescindíveis: que as ideias sejam suas (e não “de um amigo”), que sejam expressadas com decoro (e não vomitadas sem pudor), mas, principalmente, que se tenha honestidade”. (Tahan Al-Camir)
Todos nós já ouvimos aquela opinião, que apesar de travestida de bom senso, não abrange a profundidade ou a totalidade do assunto. Abarca somente a superficialidade ou uma generalidade qualquer.
Há uma classe de pessoas que escreve de má fé. Destilam ideologias falidas (que mataram mais de 130 milhões de seres humanos) desprezando princípios básicos de honestidade intelectual. Traem profundamente toda a humanidade (na qual estão inseridos) que fingem representar.
Mas há outra classe de pessoas, de respeito e cuja opinião e intenções temos em alta conta, que pode se equivocar de boa fé ao emitir sua opinião. Talvez por falta de dados, talvez por excesso de polidez, talvez por não querer o embate ou a polêmica.
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PublicidadeMeu amigo Tom Barros, fundador do Observatório Social de Brasília, auditor do Tesouro Nacional e colunista do Congresso em Foco, enquadra-se na segunda categoria, e por isso merece as considerações dessas minhas linhas.
Em seu texto O Preço do Combate à Corrupção – Parte 4, publicado em 15/09/2018, ele diz:
“O risco de exigir que líderes atuem como heróis dos romances medievais de cavalaria, é que, em contrapartida, eles podem se sentir com poder suficiente para fundar novos feudos e reinos, nos quais a vontade popular é um mero elemento decorativo”
Ele tem razão. Mas não obstante o bom senso da admoestação do texto, é muito importante lembrar a sabedoria popular: “Pau que nasce torto, morre torto“. E, por vezes sem conta, até a cinza é torta.
Risco maior seria votar em candidatos que respondem por atos de corrupção, que roubam merenda escolar, que atuam como cangaceiros achando-se coronéis, que vivem de invasões e rapinagem de propriedades de outros (públicas ou privadas), que defendem ou recebem ordens de presidiários (ou de banqueiros), que tentam sem pudores doutrinar nossa infância e ideologizar nossas mais infantes crianças, que não tenham a energia necessária para tomar decisões cruciais, que priorizam utopias ecológicas em detrimento de necessidades básicas (segurança, saúde e educação).
“Não se combate a corrupção votando em corruptos, nem como corruptos!” (Tahan Al-Camir)
Há quem não tenha ainda entendido que não vivemos uma eleição normal. Nem a facada do terrorismo político os fez entender que vivemos uma situação de guerra, da qual as vítimas seremos todos nós, nossas liberdades (políticas, ideológicas, religiosas e, morais), a educação de nossos filhos, a saúde de nossos irmãos.
É preferível o risco da mudança à direita do que a certeza de ser jogado no abismo da esquerda. É necessário reagir enquanto se tem energia para tanto, porque depois que a fome assolar (como na Venezuela) e o senso moral acabar (como quase já ocorre no Brasil), a maior vítima poderá ser você!
Não quero ter que gravar em vídeo meu desabafo desesperado, quase agradecido a Deus, por ter um filho nascido morto por não ter o que lhe dar de comer, enquanto um genocida autoritário esbanja em banquetes e charutos.
Não quero ter que enterrar no quintal algum parente expirado à míngua por falta de alimentos e atendimento hospitalar, enquanto algum político nefasto enriquece os familiares e amigos às custas do sofrimento dos pobres que ele finge defender.
É preferível brigar agora, no campo das ideias, por política, do que ter que lutar depois, em desespero, no campo da realidade, por comida e liberdades perdidas.
Meu amigo ainda escreve:
“Para mitigar as chances de termos que conviver com algo ainda pior do que aquilo que detestamos, é urgente escolher dentre políticos probos, aqueles que são verdadeiramente democratas”
Aqui, talvez, esteja o principal ponto da sua argumentação e a sua principal falha. Em circunstâncias normais, haveria espaço para escolhas normais, até razoáveis. Mas essas não são condições normais.
Em condições normais, candidatos na liderança do eleitorado não são esfaqueados por terroristas que toda a mídia (corrompida) teima em ocultar sob o disfarce de inconformismo político, com a suspeita assistência de quatro advogados de caros escritórios de advocacia.
Em condições normais, delegados responsáveis por investigação de crime político em vésperas de eleições não ocultariam os resultados das investigações em contrapartida a honrarias recebidas sob o disfarce de tentar evitar impactos eleitorais.
Em condições normais, um candidato de opiniões fortes, não obstante sua probidade de 27 anos e mais de 600 projetos, e embates contundentes com defensores de criminosos, menores estupradores e ideologias de gênero não seria líder isolado na preferência dos eleitores sem nenhum tempo de TV e sem uso de dinheiro público para campanha.
Em condições normais, institutos de pesquisa (denunciados na Lava Jato) não precisariam ser pagos para fraudar a todo custo as supostas pesquisas de intenção de voto, revistas não receberiam 680 milhões para atacar o líder das pesquisas, desarquivando e divulgando criminosamente processos arquivados e que tramitaram em segredo de justiça por medo de perder o financiamento de governo de bilhões em dinheiro público.
Em condições normais, nem presidiários nem terroristas políticos seriam autorizados a dar entrevistas em véspera de eleição com o único intuito de influenciar negativamente a opinião dos eleitores contra o líder majoritário.
Em condições normais, um candidato de direita, sem apoio e combatido por todos os partidos comprometidos com “o Mecanismo”, nunca seria eleito. Mesmo após sofrer um atentado terrorista, alcançando mais de 63% de aprovação em primeiro e único turno eleitoral. Sob o espanto de toda a opinião pública internacional, dando início à uma verdadeira unificação da sociedade – que, durante três décadas, foi artificiosamente dividida em categorias que eram induzidas, como forma de dominação, a odiar umas às outras (patrões x empregados, brancos x negros, mulheres x homens, heteros x homos).
Portanto, decida bem seu voto, ele afetará você! Dele dependem sua segurança, seu emprego, sua liberdade, seus direitos, a comida em sua mesa, suas responsabilidades, a formação dos seu filhos!
* Bacharel em Ciência da Computação pela UFMG e pós-graduado em Informática e Educação e em Administração de Sistemas de Informação pela Ufla. É analista do Banco Central, diretor de Programas de Controle Social do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) e, como ativista em política, filosofia e outras áreas, representou o IFC junto ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
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