O Brasil ainda tem 11,9 milhões de desempregados – número atualizado do IBGE, camuflado pelo recorde de empregados informais -, a desigualdade avança por meses consecutivos no maior período de crescimento da história, o dólar bate recorde com os efeitos que isso tem pra economia, em especial para a indústria, a bolsa de valores tem a maior saída de capital estrangeiro dos últimos anos.
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Enquanto isso acontece, o presidente bate boca com jornalistas e atrita com governadores. A oposição, por outro lado, só fala de Queiroz e nos filhos do presidente. Parece que o Brasil não existe. O conflito entre governo e oposição é natural numa democracia, mas deveria se dar em temas que interessam aos país.
O que interessa ao país é como retomar o crescimento econômico para gerar emprego formal, combatendo o desemprego e devolvendo o poder de compra aos que estão na informalidade, é como reduzir a desigualdade, é como unir o país em torno de reformas que por um lado promovam ajuste fiscal e de outro combatam a miséria, com recursos bem geridos e aplicados em ações que efetivamente melhorem a vida do povo.
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Infelizmente, quando afastamos do centro do debate político nacional os temas que importam para o país, a confusão impera e abre espaço para pedidos de fechamento do Congresso e do STF, de um lado, e de impeachment do presidente, de outro.
Socorro-me aqui da lúcida opinião do deputado bolsonarista General Peternelli que quando viu sua imagem num vídeo chamando pra manifestação do dia 15, e disse: “Fora Maia” e “Fora Alcolumbre” é impróprio como “Fora Bolsonaro”.
PublicidadeO país com uma democracia sadia reconhece a legitimidade de um presidente eleito por uma maioria e de deputados e senadores, que representam a pluralidade o povo brasileiro, inclusive as minorias.
É hora de serenar os ânimos e pensar mais no Brasil e nos brasileiros.