Planeta Terra, Poder Executivo. Na Nova Zelândia, o prefeito de um dos maiores municípios do país insiste em ser chamado de “Sua Divindade”. Nas Filipinas, o presidente declarou que no início de sua ‘carreira’ matava pessoalmente criminosos. Em Uganda, a televisão foi proibida de acompanhar as atividades do presidente, por tê-lo surpreendido dormindo em uma sessão do parlamento. Na República Checa, o presidente foi além: disse que jornalistas deveriam ser “liquidados”. Nos EUA, dezenas de psicólogos foram a público avisar que o presidente é doente mental. No Turcomenistão, o presidente proibiu a venda de veículos azuis, negros e vermelhos. Na Itália, o Primeiro-Ministro notabilizou-se pelas orgias que promovia.
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"Penso ser chegado o momento de meditarmos, enquanto humanidade. A quem deve ser entregue o poder estatal?
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Planeta Terra, Poder Judiciário. No Canadá, um dos juízes mais antigos do país notabilizou-se por xingar os piores palavrões durante os julgamentos. No Reino Unido, um seu colega abaixou as calças dentro de um trem, assediando uma senhora. Na Itália, uma disputa envolvendo a guarda de uma criança foi definida com base em um “cara ou coroa” pelo magistrado encarregado. Na Índia, dois deuses hindus, Ram e Hanuman, foram convocados por edital para comparecerem ao julgamento de dado processo. Nas Filipinas, um juiz somente proferia decisões com a ajuda de três duendes. No Japão, um outro divertia-se enviando mensagens eróticas para suas funcionárias.
Diante desta realidade milenar, superior a países e épocas, penso ser chegado o momento de meditarmos, enquanto humanidade. A quem deve, afinal, ser entregue o poder estatal? Como este pode ser exercido? Por quanto tempo? Sob quais condições? A vida pública, enfim, pode ser vista como uma profissão?
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