Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que a corrida eleitoral deste ano reuniu 187.028 candidaturas femininas, o equivalente a 33,6% das opções de voto para prefeituras e câmaras municipais. Das 25 capitais onde houve eleição neste domingo (15) – Macapá teve o pleito adiado por conta da crise energética -, apenas Palmas (TO) deu o comando da cidade para uma mulher já em primeiro turno. A capital do Tocantins reelegeu Cinthia Ribeiro (PSDB), com 36,24% dos votos – na cidade não há eleição em dois turnos.
Outras cinco candidatas estão disputando o segundo turno em alguma capital do país:
Em Macapá, dos dez candidatos que disputarão as eleições nos dias 13 e 27 de dezembro (se houver segundo turno), apenas uma é mulher: Patrícia Ferraz (Podemos). Levantamento da RealTime Big Data/CNN divulgado há dez dias mostra a candidata com 10% das intenções de votos, atrás de Josiel Alcolumbre (DEM), com 37% e Capi (PSB), com 19%.
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Fora das capitais
Entre as 95 cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores, desconsiderando as capitais, apenas uma conseguiu a prefeitura no primeiro turno: Raquel Lyra (PSDB), em Caruaru (PE). Outras 14 mulheres também concorrem ao segundo turno em cidades com mais de 200 mil habitantes. São elas:
De acordo com a socióloga e fundadora do Instituto Vote Nelas, Gisele Agnelli, os números em 2020 não tiveram alta expressiva com relação ao último pleito. “Se olharmos as candidaturas a prefeita de 2016 eram 13% e em 2020 vemos que não houve um aumento significativo, foi algo como vírgula. Os números de mulheres para as prefeituras é ainda menor do que a gente vê no Congresso. São números ainda muito aquém da participação da mulher na sociedade”, disse.