O ex-juiz Sergio Moro reagiu ao pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) de informações sobre pagamentos e o rompimento do seu contrato com a empresa Alvarez & Marsal, para a qual trabalhou depois que deixou o Ministério da Justiça e antes de assumir sua pré-candidatura à Presidência.
“Trabalhei 23 anos na carreira pública. Lutei contra a corrupção neste país como ninguém jamais havia feito. Deixei o serviço público e trabalhei honestamente no setor privado para sustentar minha família. Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões”, afirmou.
Segundo ele, as suspeitas levantadas pelo sub-procurador-geral junto ao TCU, Lucas Furtado, são levianas. “Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, ressaltou.
A Alvarez & Marsal é a administradora responsável pela recuperação judicial da Odebrecht no âmbito da Lava Jato. A construtora foi um dos principais alvos da megaoperação. O ministro Bruno Dantas, do TCU, determinou que o escritório informe toda a documentação relativa ao rompimento do vínculo de prestação de serviços com o ex-juiz Sergio Moro, incluindo datas das transações e valores envolvidos.
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Em 10 de dezembro, Lucas Furtado fez novos requerimentos em representação que apura indícios de irregularidades noticiados envolvendo a Operação Lava Jato e a empresa Odebrecht. Bruno Dantas considerou ser necessário coletar mais informações sobre as questões levantadas por Furtado para “subsidiar a decisão de mérito a ser proferida”.
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