Durante uma ação de sua panfletagem para sua campanha eleitoral na cidade de Franca, em São Paulo, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi confrontado pelo candidato Guilherme Cortez, natural do município, que concorre ao cargo de deputado estadual pelo Psol. De acordo com o psolista, a presença de Salles é uma “vergonha na nossa cidade”.
“Estávamos panfletando no Centro de Franca quando cruzamos com o Ricardo e a comitiva dele. Ele veio perguntar se estávamos fazendo campanha pro Lula e eu disse que ele não era bem-vindo em Franca”, contou o candidato a deputado estadual Guilherme Cortez (Psol-SP) ao Congresso em Foco. “Acho que todo mundo tem o direito de fazer sua campanha e defender suas ideias, mas não podemos deixar que uma pessoa responsável por tantos crimes e retrocessos ambientais e para o futuro da minha geração não seja responsabilizada por isso.”
Os dois se encontraram em frente a uma loja, onde Guilherme Cortez anunciou que Ricardo Salles não era bem vindo na cidade, e que ele era “uma vergonha para o nosso país”, no que o candidato a federal rebateu afirmando que o opositor seria uma “vergonha para o mundo”. Cortez em seguida o chamou de “destruidor do meio ambiente”, e os dois continuaram trocando farpas enquanto caminhavam pela cidade.
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Cortez contou ainda que, num primeiro momento, Salles não foi grosseiro, mas depois que foi confrontado partiu pra ofensa.
“Mandou tomar no c*, ofendeu a pessoa que estava filmando”, explicou o candidato em mensagem que lamentou a agressão verbal.
O vídeo do encontro entre os dois foi divulgado no Instagram de Cortez, onde declarou que “não vamos aceitar que quem destruiu a Amazônia fique impune e saia na rua livremente” que deseja “nem um minuto de sossego para esses bandidos”. O candidato psolista divulgou também a foto de Ricardo Salles junto à madeira ilegal apreendida pela Polícia Federal na Operação Handroanthus. A mesma operação resultou em sua renúncia quando surgiram indícios de obstrução provocada a mando do ministro.