A Rede, partido da candidata à Presidência Marina Silva, derrotada nas eleições deste ano, vai questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) o artigo que proíbe que siglas com menos de cinco anos possam se fundir com outras. A Rede elegeu apenas um deputado federal neste ano e não conseguiu ultrapassar a cláusula de barreira.
De acordo com reportagem do Estadão, o partido de Marina vai questionar a regra por negociar uma fusão com outra sigla, mas ter como obstáculo a data de fundação. Registrada em 2015, a Rede não poderia se fundir com outra sigla por ter menos de cinco anos, de acordo com a Lei dos Partidos Políticos.
Cinco dos 14 partidos atingidos por cláusula de barreira negociam fusões
O PPS, que poderá englobar os movimentos de renovação política Agora! e Acredito, é a sigla com a qual a Rede negocia a fusão.
A decisão sobre uma possível fusão ou a continuação como partido, mas com mudanças na estrutura e no estatuto da sigla, deve ser tomada no congresso extraordinário da sigla, convocado para janeiro de 2019. O congresso para definir o futuro do partido, previsto no estatuto da Rede, foi antecipado após o fraco desempenho nas urnas.
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Segundo o Estadão, dois grupos de trabalho vão preparar teses de fusão ou de continuidade do partido para serem apresentadas no congresso da sigla.
PublicidadeA cláusula de barreira aprovada na minirreforma eleitoral do ano passado prevê que, neste ano, apenas os partidos que atingiram 1,5% dos votos válidos, distribuídos em nove estados com no mínimo 1% em cada um deles, ou elegeram pelo menos nove deputados federais em pelo menos nove estados terão acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão e rádio. A cláusula de barreira aumenta progressivamente até as eleições de 2026.