A primeira parcial do programa Voto Com Orgulho, organizado por diversas organizações de defesa dos direitos da população LGBT+, para as eleições municipais de 2024 revelam a liderança do PT, Psol e PDT no registro de pré-candidaturas com este perfil para os cargos de vereador e prefeito. O levantamento também inclui pessoas heterossexuais alinhadas com a causa.
Ao todo, a parcial inclui 132 candidaturas LGBT+ e 18 nomes aliados à defesa de seus direitos. A grande maioria concorre para as cadeiras de suas câmaras municipais, e três para o cargo de prefeito. São Paulo lidera com 34 candidaturas, seguido por Rio de Janeiro, com 22, e Paraná, com 14. Ideologicamente, 94 afirmam se identificar à esquerda no espectro político.
Confira a quantidade de candidaturas LGBT+ por partido:
- PT- 46
- Psol – 25
- PDT- 18
- PSB- 13
- Rede – 13
- Podemos – 6
- PV- 5
- MDB – 5
- PP- 4
- Cidadania – 4
- PCdoB – 3
- PSDB – 2
- Solidariedade – 2
- Republicanos – 1
- Agir – 1
- União Brasil – 1
- PMB – 1
A ausência de nomes de outros partidos não implica necessariamente na ausência de candidaturas ligadas à pauta dos direitos da população LGBT+. O cadastro de candidatos ao programa Vote Com Orgulho é voluntário, e serve não apenas para a indexação de dados demográficos, mas também para obtenção de suporte contra eventuais notícias falsas ou discursos de ódio direcionados à candidatura.
O programa é coordenado por Cláudio Nascimento, diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+, que ressalta a importância do aumento da capilaridade da comunidade nos espaços legislativos municipais. “Eles espaços estratégicos para pautar a nossa agenda por cidadania e contra a discriminação”, afirmou. Na disputa de 2020, 100 candidaturas foram eleitas ao cargo de vereador alinhadas à pauta LGBT+. A expectativa é de aumento desse número em 2024.
Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, reconhece a maioria de candidaturas ligadas à esquerda, mas esclarece que não há preferência ideológica na realização do programa. “O Voto com Orgulho é pluripartidário e se constitui como uma rede de cooperação e solidariedade para que as pessoas LGBT+ e aliadas da causa possam oferecer seus nomes ao pleito eleitoral. Somos cidadãs e cidadãos que devem ter representação nos espaços públicos de poder”, reforçou.
PublicidadeOnze partidos não registraram candidaturas LGBT+ ou alinhadas à agenda de direitos até a primeira parcial. São eles: PRD, PL, Novo, PCB, PCO, UP, PSTU, Avante, PRTB, DC e Mobiliza.