A executiva nacional do PT, depois de intervir no conflito de seu diretório fluminense com o PSB, decidiu por manter o apoio ao candidato Marcelo Freixo (PSB-RJ) ao governo, em chapa com o petista André Ceciliano, atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que concorre para a vaga do Senado nessas eleições.
O anúncio foi feito pela presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). A decisão vinda da executiva nacional no lugar da estadual se deu por conta da falta de consenso com relação às candidaturas ao Senado: o PSB lançou o nome de Alessandro Molon (PSB-RJ), visto pelo diretório petista como uma ameaça à campanha de Ceciliano. Em resposta, ameaçaram romper o apoio à candidatura de Marcelo Freixo.
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André Ceciliano exigiu a retirada do nome de Molon desde o mês de abril, quando lançou sua pré-candidatura. Na ocasião, já pôs em xeque o apoio à campanha de Freixo. Em entrevista ao Congresso em Foco, porém, afirmou que sua preferência era por uma aliança com o atual governador Cláudio Castro, rival de Freixo, que compartilha com o petista a sua base de apoio.
Parte da cúpula petista, incluindo o vice-presidente nacional da legenda, Washington Quaquá, chegou a apoiar a aproximação de Ceciliano com lideranças bolsonaristas, esperando atrair seus eleitores para a campanha de Lula. O ex-presidente, porém, possui preferência declarada por Marcelo Freixo, e considera sua campanha necessária para uma vitória da esquerda no Rio.
Com a manutenção das duas candidaturas ao Senado, o atrito entre os dois partidos se acirrou no Rio de Janeiro, já tendo o diretório do PT cogitado uma ruptura completa do PSB em favor de Rodrigo Neves, que concorre ao governo fluminense pelo PDT. A solução encontrada foi a intervenção das executivas nacionais. O conflito se encerra com cada partido lançando seu candidato ao Senado, preservando nos dois o apoio a Freixo.