O diretório do PT no Rio Grande do Sul se manifestou oficialmente sobre as eleições ao governo estadual, declarando apoio à candidatura do ex-governador Eduardo Leite, que concorre pelo PSDB. Apesar de considerar que os dois partidos divergem em seus programas, a ala petista considera o tucano como um problema menor diante da candidatura de Onyx Lorenzoni (PP), indicado por Jair Bolsonaro.
O presidente do PT-RS, deputado Paulo Pimenta, afirmou em nota esperar que todos os membros das duas legendas comprometidos com a democracia “se unam para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo neste segundo turno”, e entende que “todos os democratas devem ter como compromisso primeiro a defesa da democracia e o combate às candidaturas que representam o atraso bolsonarista”.
Por outro lado, Leite permanece sem uma declaração oficial de apoio a qualquer candidato na disputa presidencial, alegando entender que qualquer manifestação pode comprometer a discussão sobre assuntos locais.
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O posicionamento do diretório gaúcho do PT se deu no mesmo dia em que o PSDB de São Paulo se manifestou em defesa da campanha presidencial de Lula. Ao contrário do que aconteceu no RS, porém, o apoio dos tucanos paulistas é parcial: no âmbito local, seguem apoiando a candidatura de Tarcísio de Freitas, aliado de Bolsonaro que concorre pelo Republicanos. Esse apoio também não se estende ao governador de SP, Rodrigo Garcia, que já declarou seu apoio a Bolsonaro.
Confira a seguir a íntegra da nota do PT-RS:
“Em conformidade com a Resolução Partidária aprovada em 10 de outubro de 2022, e em decorrência dela, compreendendo o momento político em que vivemos, decidimos recomendar o voto crítico em Eduardo Leite no domingo próximo (30/10), esperando com este gesto que todos(as) aqueles(as) comprometidos(as) com a Democracia, se unam para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo neste segundo turno. Fazemos um chamamento, neste sentido, aos apoiadores da candidatura de Eduardo Leite.
PublicidadeEntendemos que todos os democratas devem ter como compromisso primeiro a defesa da Democracia e o combate às candidaturas que representam o atraso bolsonarista.
Nossas divergências com Leite são muitas e conhecidas pela sociedade gaúcha. Representamos projetos políticos distintos, as privatizações dos serviços públicos como a Corsan, o papel do Estado, a adesão ao regime de recuperação fiscal, a taxação dos(as) aposentados(as) e pensionistas, são alguns exemplos de temas que nos separam programaticamente. Mas, agora é a hora de defender o Brasil e o Rio Grande da ameaça representada pelas candidaturas de Bolsonaro e Onyx.
Aproveitamos para reforçar o chamamento à militância petista gaúcha que, nos próximos sete dias, não deve sair das ruas e deixar de disputar voto a voto para garantirmos a virada no Rio Grande do Sul com Lula e a consolidação da vitória na eleição presidencial”.